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Os primeiros sinais da poliomielite

Publicado em: 08/08/2024 Os primeiros sinais da poliomielite

A poliomielite, conhecida como paralisia infantil, é uma doença altamente contagiosa que ainda preocupa especialistas em saúde pública. Embora tenha sido erradicada no Brasil em 1990, a ameaça de reintrodução permanece, especialmente em regiões com baixa cobertura vacinal. Neste artigo, você entenderá o que é a poliomielite, seus principais sintomas, os riscos associados e, mais importante, a importância da vacinação para preveni-la.

O que é poliomielite?

A poliomielite — também conhecida como pólio ou paralisia infantil — é uma doença infectocontagiosa causada pelo poliovírus, que vive no intestino. A transmissão desse vírus pode ocorrer de forma direta pelo contato com secreções eliminadas pela boca de pessoas infectadas; ou de forma indireta, por meio de objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores. Tanto crianças quanto adultos podem ser atingidos pelo poliovírus e desenvolver desde infecções assintomáticas até formas graves que resultam em paralisia, principalmente nos membros inferiores.
No Brasil, a poliomielite foi erradicada em 1990 graças a campanhas de vacinação eficazes e à vigilância constante. No ano seguinte, registrou-se o último caso nas Américas. No entanto, a circulação do vírus ainda ocorre em países da África, Ásia e Oriente Médio, o que representa um risco de reintrodução da doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), enquanto houver uma criança infectada no mundo, pessoas de todos os países correm risco de contrair a poliomielite. Portanto, manter altas taxas de cobertura vacinal e vigilância epidemiológica é essencial para prevenir novos surtos. O problema é que as coberturas vacinais contra a doença sofreram quedas sucessivas ao longo dos últimos anos no Brasil. Em 2022, por exemplo, a cobertura no país ficou em 77,19%, longe da meta de 95%.

Quais são os principais sintomas da poliomielite?

A maioria das infecções por poliovírus é assintomática, mas cerca de 5 a 10% dos infectados apresentam sintomas leves, semelhantes aos da gripe, como febre, mal-estar, dor de cabeça, dor de garganta, vômito e diarreia. Em alguns casos, esses sintomas podem evoluir para manifestações mais graves, como rigidez de nuca e espasmos musculares. Nos casos severos, a infecção pode causar meningite asséptica e, eventualmente, paralisia flácida aguda, que geralmente afeta de forma assimétrica os membros inferiores.
De qualquer forma, é sempre importante realizar consultas periódicas ao médico para entender seu corpo e mente. Para ter o melhor atendimento, conte com a Clinipam, uma empresa Hapvida NotreDame Intermédica. Conheça nossos planos de saúde e faça já sua cotação!

Riscos da doença

A poliomielite apresenta maior risco para crianças menores de cinco anos e estima-se que cerca de 1% dos infectados desenvolvem formas graves da doença, que podem resultar em paralisia permanente. A forma mais temida da doença é a paralisia flácida, principalmente nos membros inferiores, que é caracterizada pela perda súbita de função motora, flacidez muscular e diminuição dos reflexos profundos. Em alguns casos, a paralisia pode se estender para os músculos respiratórios, levando à insuficiência respiratória e à morte.
As sequelas da poliomielite incluem problemas nas articulações, crescimento desigual das pernas, escoliose, osteoporose e dificuldades na fala e deglutição. Além disso, a síndrome pós-poliomielite, que surge anos após a infecção inicial, é caracterizada por nova fraqueza muscular, fadiga e dores nas articulações. A reabilitação desses pacientes muitas vezes requer fisioterapia para melhorar a força muscular e a postura, além de tratamento para aliviar dores.

Como funciona seu tratamento?

Não existe um tratamento específico para a poliomielite. O manejo da doença foca no alívio dos sintomas e na prevenção de complicações. Nos primeiros dias da infecção, recomenda-se repouso rigoroso para reduzir o risco de paralisia. Cuidados gerais incluem controle da dor, febre e hipertensão, além do manejo da retenção urinária e uso de laxantes suaves.
A reabilitação contínua ajuda a melhorar a qualidade de vida dos pacientes afetados. A fisioterapia, por exemplo, previne deformidades e melhora a força muscular em pacientes com paralisia. Já o tratamento ortopédico pode incluir o uso de órteses para suportar membros afetados e melhorar a mobilidade. Em casos graves, cuidados respiratórios podem ser necessários para prevenir complicações.

Prevenção

A vacinação é a principal forma de prevenção da poliomielite. Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser imunizadas contra ela. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente duas vacinas contra a pólio: a vacina inativada (VIP) e a vacina oral atenuada (VOP). O esquema de vacinação inclui três doses da VIP aos 2, 4 e 6 meses de idade, seguidas de duas doses de reforço da VOP entre 15 e 18 meses e aos 4 anos.
Além da vacinação, medidas de saneamento básico são essenciais para prevenir a transmissão do poliovírus. Além disso, boas práticas de higiene, como lavar as mãos regularmente, garantir a qualidade da água consumida e preparar alimentos de forma segura, ajudam a reduzir o risco de infecção.