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Nutrição infantil e uma boa alimentação

Publicado em: 25/10/2024 Nutrição infantil e uma boa alimentação

Nutrição Infantil é aliada das crianças

No post de hoje, vamos falar sobre um assunto que preocupa pais e cuidadores de modo geral: a nutrição infantil. Não por acaso, visto que cuidar da alimentação é fundamental para garantir um desenvolvimento saudável, tanto físico como mental e emocional. Além de ajudar a prevenir uma série de doenças comuns nos primeiros anos de vida.
Pensando nisso, confira a seguir um guia rápido e prático com as principais informações e recomendações na hora de preparar e servir refeições nutritivas e balanceadas aos pequenos.

Nutrição Infantil: como cuidar da alimentação?

A preocupação com a nutrição infantil deve começar ainda na gestação, visto que a dieta materna pode alterar o sabor do líquido amniótico que é ingerido pelo bebê no período intra-uterino. Sendo assim, as mães que consomem uma grande variedade de alimentos in natura e controlam a ingestão de doces proporcionam ao filho a oportunidade de criar padrões alimentares que irão influenciar o paladar do nascimento em diante. Isso, por sua vez, tende a facilitar a transição quando ocorrer o desmame.
Contudo, vale lembrar que nos primeiros seis meses a amamentação exclusiva é o meio natural indicado para nutrição infantil. Ao contrário do que se praticou por anos, não há razões para oferecer outros líquidos, nem água e muito menos chás ao recém-nascido, pois o leite materno contém todos os nutrientes necessários para o crescimento do lactente nesta fase. Sem falar na criação de vínculos que interferem no comportamento cognitivo do ser humano. Em contrapartida, antecipar a introdução alimentar traz diversos riscos, entre eles, a desnutrição e a obesidade.
Mesmo depois de iniciar a oferta de alimentos complementares, o leite materno continua sendo muito rico e nutritivo. Durante o segundo ano de vida, 500 ml suprem 95% das necessidades diárias de vitamina C, 45% de vitamina A, 38% de proteínas e 31% do total de energia requerida por uma criança. Aqui, vale lembrar que o sucesso de todo esse processo não depende única e exclusivamente da mulher, uma vez que a promoção do aleitamento materno exclusivo é uma responsabilidade social coletiva. Portanto, é fundamental que haja uma rede de apoio no qual se possa encontrar acolhimento e, sobretudo, ajuda.
A partir do sexto mês, vejamos dicas de como cuidar da nutrição infantil:
- Alimentação variada: oferecer diferentes alimentos todos os dias, em sua maioria frutas, verduras e legumes;
- Opções saudáveis: evitar alimentos com açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas;
- Respeitar a saciedade: acreditar na criança e não forçá-la a comer contribui para uma relação saudável com a comida;
- Hora das refeições: elas devem ser um momento de interação e aprendizado entre os membros da família;
- Explorar os alimentos: a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que o lactente explore os alimentos com as mãos;
- Alimentação fora de casa: tentar manter a rotina ao realizar passeios e viagens, de preferência, levando o que será consumido pronto em sacolas térmicas;
- Proteger da publicidade: pelo menos na primeira infância é importante que a criança não seja exposta a anúncios que possam comprometer suas escolhas alimentares;
- Educar pelo exemplo: o estilo parental também influencia a alimentação, sendo que as crianças têm maior chance de apresentar problemas, a exemplo da seletividade, quando são filhos de pais demasiadamente permissivos ou adeptos de dietas não balanceadas.

Por que a nutrição infantil é tão importante?

Repleta de descobertas, é ao longo da infância que somos expostos a uma série de aprendizados, dos básicos aos mais complexos. Entre sons, cheiros, texturas e cores, aprendemos a diferenciar os sabores e começamos a fazer conexões. A partir de então, formamos nossos hábitos alimentares que, se não forem saudáveis desde o começo, podem comprometer o crescimento e interferir até nos tornarmos adultos.

Principais nutrientes necessários para o crescimento infantil

Para montar um prato saudável, ele deve conter os principais nutrientes necessários para o crescimento infantil. Mas você sabe quais são? Conheça os nove que não podem ficar de fora das refeições diárias das crianças.
1. Carboidratos: são fontes de energia e estão presentes em cereais, pães e tubérculos;
2. Proteínas: carnes, ovos e leguminosas que ajudam a fortalecer os músculos, formar hormônios e contribuem para o bom funcionamento das defesas do organismo;
3. Ferro: presente em carnes no geral, vegetais de cor verde-escura e leguminosas, aumenta a imunidade e evita a anemia ferropriva – um problema que pode prejudicar o processo de aprendizagem;
4. Zinco: encontrado no feijão, leite integral e amendoim, também aumenta a imunidade e contribui para o desenvolvimento cerebral;
5. Cálcio: está no leite e seus derivados, no espinafre e em sementes como abóbora, girassol e gergelim. É importante para o crescimento e manutenção da saúde dos ossos e dentes e para o controle da pressão arterial;
6. Ômega 3: ótimo para a visão, concentração e raciocínio lógico, encontra-se em peixes, como a sardinha, e vegetais, como linhaça e chia;
7. Vitamina C: grande aliada encontrada em verduras e legumes, como couve e brócolis, e frutas, como a laranja, o abacaxi, a acerola, o morango e a goiaba. É importante para a imunidade e absorção de ferro;
8. Vitamina D: além do bom e velho banho de sol, está em peixes, cogumelos e leites e derivados. Sua principal função é ajudar na fixação do cálcio nos ossos, auxiliar no crescimento e na prevenção de doenças, como a diabetes;
9. Vitamina A: presente em alimentos de origem animal (leite, ovos, fígado) e vegetal (principalmente as frutas e vegetais de cor amarelo-alaranjada). É importante para a saúde dos olhos, renovação celular e para a imunidade.

Existe alguma restrição alimentar para crianças?

Sim, existem restrições alimentares para que as crianças cresçam e se desenvolvam adequadamente. Entre as principais, estão duas:
- Não oferecer açúcar e produtos que contenham esse ingrediente nos 2 primeiros anos de vida;
- Ultraprocessados são prejudiciais à saúde por terem em suas composições grande quantidade de sal, gorduras e aditivos químicos.

Como deve ser a alimentação de uma criança para um crescimento saudável?

Agora que você já sabe a importância de cuidar da nutrição infantil, confira cinco dicas para criar uma rotina alimentar saudável para as crianças.
1. Ofereça comida de verdade: ela deve ser preparada na panela e feita com alimentos in natura, tais como: arroz, feijão, lentilha, batata, batata-doce, quiabo, cará, couve-flor, inhame, abóbora, jerimum, abobrinha, cenoura, beterraba, folhas verdes, peixe, carne, frango, fígado de boi e de galinha;
2. Inclua um alimento de cada grupo: use o colorido dos alimentos para a refeição ficar nutritiva, balanceada e, de quebra, divertida;
3. Evite as distrações: na hora das refeições, televisão e celular desligados! Conversar com o bebê enquanto ele se alimenta estimula o cérebro;
4. Sem pressa, mas equilíbrio: comer não deve ser um martírio, mas um prazer. De maneira geral, 30 minutos é tempo suficiente para uma refeição, se durar menos ou bem mais que isso, algo deve ser mudado ou investigado;
5. Não desista: cada novo alimento apresentado, se rejeitado, deve ser oferecido novamente de 10 a 15 vezes, evitando os rótulos tipo “ele não gosta disso”.
A alimentação compõe um fator essencial para uma vida equilibrada e a manutenção da saúde, principalmente na infância. Por meio de um cardápio bem elaborado, o organismo adquire nutrientes, vitaminas, reforça o sistema imunológico e restaura suas principais funções. Para acompanhar as famílias nesta jornada, o nutrólogo pediátrico é o especialista indicado para tirar todas as dúvidas e ajudar a fazer boas escolhas.
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