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Julho Amarelo: é tempo de falar sobre a prevenção de hepatites virais
Publicado em: 10/07/2023
Campanha foi instituída por lei no Brasil para chamar a atenção sobre a importância da prevenção, diagnóstico e o tratamento da doença
A campanha “Julho Amarelo” foi criada para conscientizar a população sobre a importância de prevenir e controlar as hepatites virais. A doença é encarada como um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo e causa, aproximadamente, 1,4 milhões de mortes anualmente, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada às hepatites.
Mas, afinal, o que é hepatite? Trata-se de uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.
Um dos maiores perigos da hepatite é que, algumas vezes, é uma doença silenciosa e o diagnóstico pode ser demorado. Em outros pacientes, a infecção dá alguns sinais. São sintomas da hepatite: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
No caso específico das hepatites virais, que são o objeto da campanha Julho Amarelo, instituída no Brasil pela Lei nº 13.802/2019, as infecções são causadas por vírus classificados pelas letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E.
Leia a seguir sobre as formas de contágio e as características de cada uma delas.
– Hepatite A: concentra o maior número de casos. Está diretamente relacionada às condições de saneamento básico e de higiene. É uma inflamação leve e que se cura sozinha. Existe vacina.
– Hepatite B: é o segundo tipo com maior incidência. É transmitida por meio de relações sexuais e contato sanguíneo. A prevenção se dá através da vacina, associada ao uso do preservativo.
– Hepatite C: o contato com sangue é a forma de contágio. É considerada a maior epidemia do globo na atualidade, cinco vezes superior à AIDS/HIV. A hepatite C pode causar cirrose e câncer de fígado e, por isso, é a principal causa de transplantes de fígado. Não tem vacina.
– Hepatite D: causada pelo vírus da hepatite D (VHD) ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus da hepatite B. Portanto, a imunização contra a hepatite B também protege de uma infecção com a hepatite D.
– Hepatite E: causada pelo vírus da hepatite E (VHE) é transmitida por via digestiva (transmissão fecal-oral). Por estar relacionada a problemas sanitários, causa grandes epidemias em certas regiões. A hepatite E não se torna crônica, contudo, o quadro pode ser grave em mulheres grávidas.
Como prevenir a hepatite?
Como falamos no tópico anterior, além da vacinação, que evita alguns tipos de hepatite (A e B), a prevenção está associada a bons hábitos de higiene, como:
- Higienizar corretamente os alimentos com água clorada por 10 minutos;
- Beber somente água potável;
- Usar preservativo nas relações sexuais;
- Não compartilhar seringas e objetos pessoais (escova de dente, lâminas de barbear, alicates, lixas, espátulas);
- Consumir álcool moderadamente (o excesso pode aumentar o risco de desenvolver as complicações da doença);
- Antes de engravidar, as mulheres devem fazer o teste para saber se são portadoras dos vírus das hepatites B e C.