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Saiba sobre infecções vaginais na gravidez

Publicado em: 09/01/2025 Saiba sobre infecções vaginais na gravidez

Infecções vaginais na gravidez: o que saber para proteger a saúde do bebê

O melhor jeito de evitar infecções vaginais na gravidez é por meio da prevenção. Em contrapartida, trata-se de um problema relativamente comum devido às mudanças hormonais que também afetam o metabolismo e a imunidade da mulher. Portanto, para proteger a saúde da futura mamãe e do bebê é fundamental intensificar os cuidados e, sobretudo, buscar informações.
Além, é claro, de realizar o pré-natal corretamente, relatando ao ginecologista obstetra responsável qualquer tipo de sintoma. Afinal, nesta fase, nenhum detalhe deve passar despercebido, pois sempre existe a chance de desenvolver alguma complicação. Embora não interfiram diretamente no desenvolvimento do feto, quando não tratadas, as infecções vaginais podem comprometer o ganho de peso, bem como resultar em partos prematuros.

Por que a gravidez pode aumentar o risco de infecções vaginais?


A gestação é um período marcado por inúmeras transformações no organismo feminino. Uma delas envolve o aumento do fluxo sanguíneo, tanto no útero como na região vaginal, intensificando a presença de secreções.
Como a produção hormonal está alterada por causa da gravidez, o desequilíbrio da flora acaba reduzindo os lactobacilos que mantêm o pH na acidez ideal para combater possíveis infecções. Acima do recomendado, cria-se um ambiente propício no qual bactérias oportunistas acabam se desenvolvendo.

Mudanças hormonais e o impacto na saúde íntima


As mudanças hormonais impactam a saúde íntima da mulher de várias maneiras. Somado ao desequilíbrio da flora vaginal, pode haver secura e baixa libido. Nem todas as mulheres reagem da mesma forma, sendo que umas tendem a ser mais sensíveis do que outras.
Porém, de modo geral, a desregulação hormonal pode comprometer o bem-estar ao provocar prejuízos físicos e emocionais. Durante a gestação, ao mesmo tempo em que aumentam a probabilidade de desenvolver infecções vaginais, são igualmente importantes para garantir uma gravidez saudável.

O sistema imunológico durante a gravidez


Ao gerar uma nova vida, grande parte das células de defesa da mãe concentram-se no útero, deixando outras partes mais suscetíveis à infecções. Sendo assim, o sistema imunológico fica enfraquecido e vulnerável. Vale lembrar que logo após a concepção ocorre uma inflamação importante para a implantação do embrião. Ao fim do terceiro trimestre, ela diminui para que o feto seja tolerado.

Principais infecções vaginais que afetam gestantes


- Vaginose bacteriana: a vaginose bacteriana, também conhecida como vaginite não específica, é a inflamação vaginal mais corriqueira. Ela é causada por um desequilíbrio na flora vaginal normal, onde há uma diminuição na concentração de lactobacilos e predomínio de uma espécie de bactérias sobre outras, principalmente a Gardnerella vaginalis;
- Candidíase: Infecção fúngica, normalmente na pele ou nas membranas mucosas, causada pelo fungo Candida;
- Tricomoníase: sexualmente transmissível (DST), é causada pelo protozoário Trichomona vaginalis.

Vaginose bacteriana: sintomas e tratamento na gravidez


Ao notar um ou mais sinais listados abaixo, a gestante deve comunicar imediatamente ao seu médico. E, em hipótese alguma, se automedicar. Geralmente, o tratamento é feito com antibióticos orais (comprimidos) e tópicos (pomada), com 5 a 7 dias de duração.
- Corrimento vaginal fino e em grande quantidade, geralmente de cor amarela, branca ou cinza;
- Odor forte e desagradável, semelhante ao cheiro de peixe podre, que se intensifica após uma relação sexual e durante o período menstrual;
- Sensação de ardência ao urinar;
- Coceira no exterior da vagina.

Candidíase: causas e como prevenir durante a gestação


Se você está grávida, as alterações hormonais e o sistema imunológico enfraquecido tendem a facilitar o surgimento da candidíase. Em primeiro lugar, ter conhecimento de como tratar a condição é fundamental para garantir a integridade física do bebê. Isso porque ao dar à luz de parto normal com a infecção ativa, é provável que seu filho tenha o famigerado “sapinho”, reconhecido pelas feridinhas brancas dentro da boca. Um cenário capaz de provocar desconforto no recém-nascido e muitas preocupações na puérpera.
Por esse motivo, evite usar calcinhas de material sintético, uma vez que elas retém calor e umidade e facilitam a proliferação de microrganismos. Prefira as de algodão, que deixam o ar circular, e troque-as diariamente. Ao tomar banho, utilize apenas água e sabonete neutro na higiene da vagina. Quem estiver com a vida sexual ativa, convém fazer uma pausa enquanto todos os sintomas não tiverem desaparecido completamente. Entre os principais, estão: inchaço, coceira, secura, ardência e corrimento esbranquiçado.

Tricomoníase e seus riscos para a mãe e bebê


Diante da possibilidade de estar com tricomoníase, recomenda-se que a gestante inicie o tratamento adequado o quanto antes. Em mulheres grávidas, a tricomoníase pode causar complicações, como ruptura precoce de membranas, parto prematuro e contaminação no momento da passagem do bebê pelo canal vaginal, causando complicações como conjuntivite e problemas respiratórios.

Como as infecções vaginais podem afetar o bebê?


Como dissemos anteriormente, buscar atendimento médico e seguir as recomendações é sinônimo de viver uma experiência segura para o binômio materno-fetal. Para tanto, observar os sinais que o corpo dá, redobrando as atenções ao longo dos nove meses, torna-se crucial no dia a dia da futura mamãe. Caso contrário, ela estará expondo o serzinho em seu ventre a uma série de riscos, tais como:
- Parto prematuro;
- Ruptura prematura das membranas que contêm o feto;
-  Baixo peso ao nascer;
- Infecções durante o nascimento;
- Escassez de oxigênio no sangue, convulsões, paralisia cerebral ou, em casos mais graves, até a morte.

Riscos de parto prematuro e complicações no nascimento


Quando algum tipo de infecção, incluindo as vaginais e do trato urinário, chega às membranas ao redor do feto é bem provável que a situação já tenha se tornado uma emergência. Tanto o líquido amniótico como a placenta passam a ser afetados, levando, inclusive, à prematuridade - em sua maioria, via cesárea.
Ademais, há relatos envolvendo falta de oxigênio, pneumonia, meningite e outras doenças graves capazes de gerar sequelas ao longo da vida.

Como infecções não tratadas podem afetar a saúde do recém-nascido


Para se ter uma ideia, o fungo causador da candidíase representa um risco seríssimo à saúde dos recém-nascidos quando não tratado corretamente. Ao se tornarem invasivas, especialmente em pacientes frágeis (como é o caso do bebê que acaba de nascer), as infecções fúngicas tornam-se condições, por vezes, gravíssimas, como a sepse.

A importância do tratamento precoce para proteger o bebê


Assim que descobre a gravidez, a mulher deve iniciar seu pré-natal. Graças ao acompanhamento médico mensal feito pelo especialista, no caso ginecologista obstetra, são realizados exames preventivos que ajudam a detectar problemas de saúde precocemente. Sem falar no preparo para o parto e amamentação.

Sinais e sintomas de infecções vaginais na gravidez


Os sintomas de infecções vaginais na gravidez podem variar de acordo com o agente causador, mas os sinais típicos são:
1- Corrimento vaginal:
- Corrimento branco, grosso e tipo leite talhado, associado a coceira, ardor, irritação e vermelhidão, pode ser candidíase;
- Corrimento amarelo-esverdeado ou acinzentado, fino e fétido, com odor de peixe, pode ser vaginose bacteriana;
- Corrimento profuso, malcheiroso e amarelo-esverdeado, associado a irritação vulvar e uretral, pode ser vaginite por trichomonas;
2- Dor ou ardor ao urinar;
3- Desconforto durante as relações sexuais;
4- Vermelhidão de toda a área afetada;
5- Dor no baixo ventre;
6- Feridas, úlceras ou verrugas na região íntima.

Sintomas comuns que indicam infecção vaginal


Na maioria das grávidas, as infecções vaginais causam corrimento vaginal com coceira, vermelhidão e, às vezes, ardência e desconforto da vagina e vulva (lábios).

Tratamento seguro para infecções vaginais na gravidez


O tratamento de infecções vaginais na gravidez pode variar de acordo com o tipo de infecção e o trimestre de gestação. Só quem pode e deve determinar o remédio e a posologia é o ginecologista obstetra responsável pelo acompanhamento pré-natal. O médico irá analisar os riscos do uso de medicamentos em comparação aos da infecção para determinar se é necessário tratar a gestante com substâncias antimicrobianas.

Opções de tratamento aprovadas para gestantes


Alguns antibióticos, como penicilinas, cefalosporinas e macrolídeos, são geralmente considerados seguros para uso durante a gravidez. No entanto, tetraciclinas, estreptomicina e canamicina devem ser evitados, pois são antimicrobianos com risco fetal.

Medicamentos permitidos e cuidados a serem tomados


O tratamento da infecção urinária em gestantes deve ser feito com orientação do obstetra e envolve o uso dos antibióticos citados anteriormente. Assim, podem ser indicados cefalexina, nitrofurantoína ou sulfametoxazol + trimetoprima, o que varia de acordo com o semestre da gravidez.

Por que é importante evitar a automedicação?


Tomar remédios por conta própria é perigoso para qualquer pessoa, mas torna-se ainda mais prejudicial durante a gravidez. A automedicação é a principal causa de intoxicação no Brasil, segundo o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX). Aliás, o mau hábito também pode levar a lesões em órgãos, mal-estar, tonturas, desmaios, vômitos e reações alérgicas.
Ainda, tomar um medicamento de forma incorreta pode agravar ou mascarar alguma doença e combinações inadequadas podem anular ou potencializar o efeito de remédios. Ao fazer isso com frequência, o efeito pode vir a cessar. Neste caso, a dor volta com mais intensidade, exigindo uma dosagem maior. No caso de antibióticos, o uso abusivo pode levar ao aumento da resistência de microrganismos, comprometendo a melhora do paciente.

Dicas de prevenção para evitar infecções vaginais durante a gestação


Para evitar infecções vaginais durante a gravidez, você pode:
-  Evitar traumatismos na região íntima, como depilação ou fricção;
-  Limpar-se da frente para trás quando for ao banheiro;
- Tomar banho com água e sabão neutro;
-  Evitar lenços umedecidos ou papel higiênico perfumado;
- Beber bastante líquido durante todo o dia;
- Consultar o ginecologista ou obstetra se observar alterações no fluxo vaginal, prurido, ardência ou mal cheiro;
- Usar probióticos para prevenir, auxiliar o tratamento ou evitar reinfecções.

Higiene íntima e cuidados diários recomendados


Já em relação à higiene íntima, confira quais são os cuidados diários recomendados:
- Lavar a genitália utilizando um sabonete específico, de preferência com pH ácido, indicado pelo ginecologista;
- Evitar duchas vaginais, desodorantes íntimos, talcos, aromatizantes, sais de banho ou espuma;
- Trocar a roupa íntima todos os dias;
- Evitar calças muito justas ou de materiais sintéticos.

Importância de uma alimentação equilibrada para a saúde vaginal


Manter uma alimentação equilibrada é importante para a saúde vaginal, pois pode ajudar a prevenir infecções, melhorar a lubrificação e reduzir o risco de problemas de saúde.
- Uma dieta rica em alimentos saudáveis ajuda a manter a flora vaginal saudável, que é composta por bactérias boas que combatem infecções;
- A alimentação pode afetar o pH vaginal, sendo assim, convém evitar opções com alto índice glicêmico;
- Alguns alimentos contribuem para tratar infeções fúngicas, como o iogurte;
- Outros alimentos que podem ajudar a saúde vaginal são o abacate, o alho, o cranberry, a batata doce e a maçã;
- Além da alimentação, é importante manter-se hidratada e evitar comer os chamados alergênicos (como o amendoim, por exemplo).

Como escolher produtos de higiene adequados para gestantes


Durante a gestação é fundamental ter cuidado na hora de aplicar qualquer produto na sua pele, isso porque a corrente sanguínea pode absorver as substâncias contidas nos cosméticos, afetando o bebê. Portanto, a grávida pode utilizar os seguintes produtos e substâncias:
- Vitamina C;
- Loções hidratantes;
-  Ácido azeláico;
- Ácido ascórbico;
- Ácido kójico;
- Protetor solar.

Já entre as proibidas, estão:
- Cremes clareadores como hidroquinona;
- Ácido retinoico;
- Antirrugas com retinol;
- Tinta para cabelos;
- Ácido salicílico;
- Branqueadores dentários com peróxido;
- Botox;
- Cânfora;
- Chumbo.

Perguntas frequentes sobre infecções vaginais na gravidez


Aqui estão algumas perguntas frequentes sobre infecções vaginais na gravidez:

1- Qual é a frequência de infecções vaginais na gravidez?
R: As infecções vaginais são comuns durante a gravidez, pois as mudanças hormonais e na flora vaginal podem facilitar o aparecimento de corrimento.
2- Como identificar uma infecção vaginal?
R: Os sinais de infecção vaginal incluem: corrimento amarelado, esverdeado ou com mau cheiro; corrimento mais grosso; coceira; vermelhidão; ardência ao urinar.
3- Quais são as infecções vaginais mais comuns?
R: As infecções vaginais mais comuns durante a gravidez são: Candidíase, Vaginose bacteriana e Tricomoníase.
4- Como prevenir infecções vaginais
R: Para prevenir infecções vaginais, você pode: dormir sem calcinha; usar os modelos de algodão; evitar roupas apertadas; limpar-se da frente para trás; abster-se de duchas vaginais; usar preservativo nas relações sexuais.
5- Como tratar infecções vaginais?
R: O tratamento de infecções vaginais durante a gravidez depende de vários fatores, como os riscos do uso de medicamentos em comparação com os riscos de infecção. O médico é quem deve determinar se é necessário tratar a gestante com medicamentos antimicrobianos.

É normal ter infecções vaginais durante a gravidez?


As infecções vaginais são mais comuns do que se pensa durante a gravidez. E, ao contrário do que muitas vezes prega o senso comum, não está apenas relacionada a maus hábitos ou falta de cuidados. Em geral, as mudanças hormonais e na flora vaginal que ocorrem durante a gestação aumentam os riscos por si só.

As infecções podem voltar mesmo com tratamento?


As infecções vaginais de repetição, isto é, que voltam mesmo depois de já terem sido tratadas, incluem justamente a vaginose bacteriana e a candidíase. Para evitar a reincidência, uma das melhores estratégias é manter a imunidade elevada e seguir as recomendações do ginecologista obstetra.
Além disso, medicações, como antibióticos e anticoncepcionais também podem atrapalhar. A falta de preservativos no ato sexual ou períodos específicos da mulher, como o pré-menstrual, gravidez e menopausa também merecem atenção.

Como saber se o tratamento foi eficaz?


O tratamento tradicional de infecções vaginais envolve o uso de antifúngicos por via oral ou intravaginal. Em casos simples, esquemas de dose única podem ser eficazes. Contudo, em casos mais graves ou recorrentes, é necessário um tratamento de 7 a 14 dias, associando as vias oral e vaginal. A prevenção passa pela eliminação dos fatores de risco, e em situações de repetição frequente, pode ser usado um tratamento profilático por 3 a 6 meses.

Conclusão: A importância de um plano de saúde no cuidado da saúde íntima na gravidez


Se você está grávida ou pensando em engravidar, ter um plano de saúde será o primeiro passo para garantir uma gestação segura, tranquila e saudável.

O papel do plano de saúde na prevenção e diagnóstico precoce de infecções


Ao ser beneficiária de uma prestadora, a exemplo da Clinipam, além das consultas mensais do pré-natal, a gestante poderá realizar uma série de exames que fazem parte dos planos de saúde com cobertura para ginecologia e obstetrícia.

Benefícios de um plano de saúde para a assistência integral da gestante


Além disso, é fundamental pensar no parto. Os convênios de qualidade oferecem médicos excelentes, além de quartos hospitalares que podem fazer a diferença no que diz respeito ao conforto e à segurança neste momento tão importante.
Caso haja alguma complicação, como diabetes gestacional ou pré-eclâmpsia, ter um plano de saúde é a garantia de que você terá consultas mais regulares e médicos com maior disponibilidade para lhe atender quando for necessário.
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