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Estresse: quais as causas, sintomas e como tratá-lo?

Publicado em: 05/10/2022 Estresse: quais as causas, sintomas e como tratá-lo?

O estresse é uma reação normal do organismo que é acionada em situações de perigo ou ameaça. O problema é quando as sensações de medo, insegurança, desamparo ou incerteza se tornam crônicas. É neste momento que o que deveria ser um mecanismo de defesa, se torna uma questão de saúde. E, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 90% da população mundial sofre com o estresse. No Brasil, um levantamento da Associação Internacional do Controle do Estresse (ISMA) aponta que o país é o segundo do globo com o maior nível de estresse.

Os sintomas do estresse mais comuns são: desordens do sono, dificuldade de concentração, temperamento explosivo, insatisfação no trabalho, moral baixo, depressão e ansiedade. A falta de tranquilidade no cotidiano faz mal tanto para a mente quanto para o corpo. Os sintomas físicos do estresse são: ritmo cardíaco acelerado, respiração acelerada, sudorese, tremores, manchas roxas no corpo, boca seca, dificuldade para dormir bem, queda de cabelo em excesso, alergias de pele, gastrite e úlceras, tensão muscular, mudança de apetite e dores de cabeça.

Também não é mito que o estresse baixa a imunidade. Um estudo recente na Universidade de Carnegie Mellon, de Pittsburgh (EUA), detectou que o estresse aumenta o risco de doenças porque diminui a capacidade do organismo de controlar inflamações. Por isso, uma pessoa estressada deve ser considerada doente ao passo que o sistema de defesa do seu organismo do é menos eficiente. Esse fator explica doenças geralmente ligadas ao estresse como as cardiovasculares e as autoimunes.

Tipos de estresse

Conforme a Associação Americana de Psicologia são três tipos de estresse: estresse agudo (reação do corpo a um momento ou fato estressante), estresse agudo episódico (estímulos que causam as reações agudas ao estresse se repetem com frequência) ou estresse crônico (quando a pessoa se mantém continuamente estressada em sua rotina). É o estresse crônico, inclusive, que desencadeia transtornos como a ansiedade e a depressão.

Já o estresse pós-traumático (TEPT), que se caracteriza como um transtorno de ansiedade que surge em razão de a pessoa ter passado por episódios de violência ou situações traumáticas. E quando esse evento volta à tona, o paciente revive o episódio como se ele estivesse acontecendo no presente e a dor e o sofrimento do passado retornam. Essa recordação é chamada de revivescência e provoca alterações neurofisiológicas e mentais.

O estresse emocional está relacionado à auto cobrança e excesso de expectativas sobre si mesmo. Os sintomas do estresse emocional são: aumento da frequência cardíaca, oscilações de humor, insegurança e isolamento social.

O estresse no trabalho provocado por desorganizações, cobranças excessivas e ambientes tóxicos são prejudiciais à saúde mental e podem evoluir para a Síndrome de Burnout. O transtorno parece ter se tornado um fenômeno de massa. O excesso de trabalho e a preocupação demasiada com o emprego trazem consequências para a saúde e vida pessoal, sobretudo pelo desânimo e sensação de esgotamento, que são as principais evidências do distúrbio.

O estresse na gravidez é relativamente comum. As próprias mudanças no corpo da mulher - como as alterações hormonais - e a preocupação com o parto e com a chegada do bebê podem provocá-lo. Contudo, quando o estresse na gestação é frequente ou excessivo, pode aumentar a liberação de citocinas inflamatórias e de cortisol (hormônio do estresse), que podem chegar ao bebê pela placenta. As consequências podem ser o parto prematuro ou o baixo peso no nascimento. As mulheres devem descansar na gravidez, fazer atividades prazerosas e se alimentarem adequadamente.

Como tratar o estresse?

A grande pergunta é: como reagir diante do estresse, já que, na vida moderna, cheia de atribulações, estamos tão vulneráveis a ele? Ninguém está livre de passar por situações estressantes, como a perda de um ente querido, problemas no trabalho e na família e dificuldades financeiras, para citar alguns exemplos.

O grande desafio, contudo, é aprender a lidar com todas essas desavenças com serenidade. Outra dica é não deixar que o ritmo de vida alucinado e a exigência de ser feliz e estar sempre produtivo - cumprindo infinitas tarefas e funções - nos deixem ainda mais sobrecarregados.

Outra questão preocupante é a naturalização do estresse: aceitar viver de forma agitada como se essa fosse uma alternativa única. Dentro desta perspectiva, as férias, o descanso, o lazer e as atividades físicas são varridos para debaixo do tapete. Os estressados crônicos não fazem uma pausa para encontrar o remédio para sua condição e gastar seu tempo com qualidade. A primeira pergunta que deve ser feita é: o que você tem feito para conciliar sua carreira com uma vida mais saudável e equilibrada?

Para ajudar os beneficiários a resolver essa equação da vida moderna, oferece para os beneficiários o programa “Pílulas de Atenção Plena”, com ensina a incluir a prática da meditação na rotina. A iniciativa estimula o pensamento equilibrado e um olhar positivo sobre a vida diante das dificuldades.

E não é apenas conversa de psicólogo: há justificativas biológicas para aliar a meditação a tratamentos da medicina convencional. O mindfulness diminui os níveis de cortisol, que é justamente o hormônio do estresse, um dos responsáveis pelo aumento da pressão arterial, por exemplo, que traz consequências graves para a saúde.

Outro programa com foco na área de saúde mental é o “Ponto de Equilíbrio PSI”, que ajuda os beneficiários a lidarem melhor com as emoções, prevenindo sintomas de ansiedade e depressão. O grupo de terapias online foi criado durante a pandemia para melhorar a saúde mental dos beneficiários que enfrentaram o luto ou outras situações desencadeadas pela Covid-19. No entanto, a iniciativa foi aprovada pelos pacientes, médicos e psicólogos do GNDI Sul e continua com turmas em 2022. Ao todo são dez encontros. Inscreva-se no programa “Ponto de Equilíbrio PSI''