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Escarlatina em crianças: sintomas e tratamentos

Publicado em: 28/01/2025 Escarlatina em crianças: sintomas e tratamentos

Escarlatina em crianças: sintomas, causas e tratamentos

Quer saber mais a respeito da escarlatina, suas causas, sintomas e tratamento? Então fique ligado no conteúdo a seguir, pois ele traz informações importantes sobre a doença, incluindo formas de prevenção.

O que é escarlatina e como ela afeta as crianças?


A escarlatina é uma doença infecciosa e contagiosa que afeta crianças, sobretudo, em idade escolar.

Definição da escarlatina e sua relação com outras infecções


A escarlatina é uma doença infecciosa aguda, causada por uma bactéria chamada estreptococo beta hemolítico do grupo A. Os mesmos agentes causadores de infecções da garganta, como faringite e amigdalites e da pele (impetigo, erisipela).
Portanto, o aparecimento da escarlatina não depende de uma ação direta do estreptococo, mas de uma reação de hipersensibilidade - ou seja, a famigerada alergia - às substâncias que a bactéria produz, chamadas de toxinas. Assim, a mesma bactéria pode provocar doenças diferentes em cada indivíduo infectado.
Em outras palavras, nem todo mundo que “pegar” a bactéria terá, necessariamente, escarlatina. Na realidade, apenas cerca de 10%. Na maioria das vezes, o sistema imunológico irá reagir a ponto de causar faringite bacteriana, impetigo e erisipela.

Por que as crianças são mais suscetíveis à escarlatina?


Como ainda estão em fase de desenvolvimento e fortalecimento do sistema imunológico, as crianças são mais suscetíveis à escarlatina. Isso acontece porque, de modo geral, estamos falando de uma faixa etária mais vulnerável a infecções bacterianas e virais.

Como ocorre a transmissão da escarlatina entre crianças?


A transmissão da escarlatina acontece de pessoa para pessoa por meio de gotículas de saliva ou secreções infectadas. A origem pode ser tanto de doentes quanto de portadores, isto é, indivíduos saudáveis que transportam a bactéria na garganta ou no nariz sem apresentarem sintomas.

Principais sintomas da escarlatina em crianças


Vejamos quais são os principais sintomas da escarlatina em crianças e como agir diante de cada um deles.

Sintomas iniciais: febre, dor de garganta e vermelhidão na pele


Em primeiro lugar, a maioria dos pacientes costuma apresentar febre alta e súbita, acompanhada de mal-estar. Porém, ao contrário de uma virose comum, a temperatura elevada é seguida por dores de garganta e, por vezes, vômitos, dor de barriga e prostração. Após o terceiro dia, o termômetro deve baixar progressivamente, o que pode levar até uma semana para normalizar.

Características da erupção cutânea e alterações na pele


Por volta do segundo dia, a erupção da escarlatina começa a aparecer na forma de manchas rosadas e ásperas na pele (tipo “lixa”). Inicialmente no pescoço e no tronco, progredindo em direção ao restante do corpo. Geralmente, com maior intensidade no rosto, axilas e virilhas.

Outros sinais da escarlatina que podem surgir em crianças


Mas, como diferenciar outros tipos de alergia da escarlatina? Pelo aumento das papilas que resultam em bolinhas do tamanho de uma cabeça de alfinete responsáveis por alterações vistas a olho nu na língua. Em primeiro lugar, a região fica branca e saburrosa e, na sequência, evolui para uma aparência avermelhada, com aspecto de “framboesa”.

Causas e fatores de risco para escarlatina infantil


Os fatores de risco para a escarlatina infantil incluem:
- Contato com uma pessoa infectada via gotículas expelidas na tosse, espirro, secreções nasais ou saliva;
- Manuseio de objetos, como brinquedos, ou superfícies contaminadas;
- Ambientes fechados e com pouca ventilação;
- Locais com muitas pessoas, como creches e escolas;
- Crianças em idade escolar, entre 5 e 15 anos.

A bactéria Streptococcus pyogenes como causa da escarlatina


Comumente encontrada na nasofaringe e na pele, a bactéria Streptococcus pyogenes é transmitida principalmente por gotículas respiratórias e contato direto. Este patógeno pode desencadear a faringite estreptocócica, uma infecção na garganta caracterizada por dor, febre e inflamação das amígdalas.

Fatores que aumentam o risco de escarlatina em crianças


Como dito anteriormente, as crianças em idade escolar são as mais suscetíveis à bactéria causadora da escarlatina. Por esse motivo, é fundamental que escolas e creches sejam bem ventilados e, principalmente, higienizados.
Além disso, quem estiver com febre, nariz escorrendo, tossindo ou qualquer um dos sintomas associados deve permanecer afastado das aulas até receber um diagnóstico médico e iniciar o tratamento adequado.
Após iniciar os antibióticos, desde que esteja sem sintomas e tenha a liberação do médico, a criança pode retornar à escola.

Como o ambiente escolar pode influenciar a disseminação da doença


No dia a dia escolar, é comum que as crianças interajam o tempo todo entre si. Da mesma forma em que compartilham brinquedos, materiais e outros objetos de uso diário. Se um aluno estiver contaminado, é muito provável que a bactéria se propague via gotículas espalhadas pelo ar. Diante disso, nunca é demais lembrar da importância de prestar atenção aos sinais que o corpo nos dá e procurar atendimento médico o quanto antes.

Diagnóstico de escarlatina: como identificar a doença?


O pediatra reconhece muito facilmente os sintomas da escarlatina. Por isso, grande parte dos diagnósticos é clínico e feito ao longo da consulta. Em geral, o ciclo da doença dura até 7 dias e, com tratamento adequado (veja mais abaixo), não costuma evoluir para quadros preocupantes. O mais importante é procurar atendimento médico assim que os primeiros sintomas aparecerem.

Exames clínicos e sintomas para diagnóstico de escarlatina


O diagnóstico de escarlatina é feito por um médico através de exame físico, histórico de saúde e avaliação dos sintomas. Quando há dúvidas, o profissional pode solicitar exames adicionais, tais como:
- Cultura de orofaringe: este é o exame padrão para identificar a bactéria Streptococcus pyogenes, responsável pela escarlatina. No entanto, é menos disponível e demora alguns dias para sair o resultado;
- Strep test: trata-se de um teste rápido coletado com um swab (cotonete específico para uso laboratorial) da garganta, para identificar a bactéria na orofaringe;
- Exame ASLO: verifica o anticorpo antiestreptolisina, produzido pelo organismo para combater o estreptococo do grupo A.
Os sintomas iniciais da escarlatina costumam aparecer de 1 a 4 dias após a exposição à bactéria. Os principais são:
- Febre alta (acima de 38,3°C);
- Dor de garganta intensa;
- Manchas vermelhas e ásperas na pele, que surgem inicialmente no tronco e depois se espalham pelo corpo;
- Língua inflamada e vermelha, com uma película esbranquiçada ou amarelada por cima;
- Náuseas e vômitos;
- Mal-estar e cansaço;
- Aumento dos gânglios no pescoço;
- Dores no corpo.

Testes laboratoriais que confirmam a infecção


A confirmação da doença também pode ser realizada após a recuperação, utilizando exames de sangue (testes sorológicos).

A importância do diagnóstico precoce para evitar complicações


Na maioria dos casos a escarlatina não é grave, porém, as complicações, apesar de raras, existem. As mais comuns incluem febre reumática, que pode causar danos às válvulas do coração, e glomerulonefrite, uma inflamação dos rins. Além disso, a infecção pode levar a abscessos na garganta, otite média e, em casos raros, a septicemia, uma infecção generalizada que pode ser grave. Por isso, é essencial seguir o tratamento com antibióticos conforme prescrito.

Tratamentos para escarlatina em crianças


O tratamento da escarlatina é realizado com antibióticos, e a duração depende da medicação prescrita. Por exemplo, a penicilina benzatina é aplicada em uma única dose, enquanto a amoxicilina deve ser tomada durante vários dias.

Opções de antibióticos e cuidados essenciais


O tratamento de escolha para a escarlatina é a penicilina que elimina os estreptococos, evita as complicações da fase aguda, previne a febre reumática e diminui a possibilidade de aparecimento de glomerulonefrite. Nos doentes alérgicos à penicilina o medicamento habitualmente utilizado é a eritromicina.

Como aliviar os sintomas em casa: dicas para os pais


Em casa, os pais podem e devem tomar alguns cuidados para manter o bem-estar da criança ao longo do tratamento. Selecionamos as principais orientações a seguir:
- Beber bastante água para manter o corpo hidratado;
- Tomar banho em água tépida (nem muito quente, nem fria) para ajudar a aliviar a febre;
- Colocar compressas frias ou uma toalha molhada com água fria na testa e nas axilas para ajudar a baixar a temperatura;
- Passar regularmente chá morno de camomila ou de eucalipto na pele para refrescar e aliviar a coceira;
- Passar óleos minerais ou cremes hidratantes para hidratar, reduzir a vermelhidão e evitar a descamação da pele.

A importância de seguir o tratamento completo para evitar recaídas


Entre ser ingerido e começar a inibir a ação das bactérias no organismo, o medicamento antibiótico leva cerca de 30 minutos. Para amenizar os sintomas da infecção, poucos dias. Mas isso não significa que é possível abandonar o remédio logo após os primeiros sinais de melhora, ou tomar além da quantidade prescrita pelo médico. Este hábito, inclusive, está associado a uma das maiores ameaças à saúde pública, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS): a resistência bacteriana.

Como prevenir a escarlatina em crianças?


Para evitar o contágio de escarlatina, no caso de crianças em idade escolar, recomenda-se que os pais as mantenham distantes da escola por, no mínimo, 24h depois de começar o tratamento. Outras orientações para contribuir com a recuperação do paciente (inclusive adultos) incluem repousar, consumir alimentos leves e beber bastante líquido.

Cuidados com a higiene e o ambiente escolar


A higiene e a limpeza são importantes para garantir a saúde e o bem-estar dos alunos e funcionários de uma escola. Para isso, é importante:
- Incentivar a lavagem das mãos: ensinar aos alunos a lavar as mãos corretamente, com sabonete e água, e com frequência, especialmente antes das refeições, após usar o banheiro, ao chegar na escola e após tossir ou espirrar;
- Limpeza regular: a escola deve estabelecer uma rotina de limpeza abrangente, incluindo a desinfecção de superfícies comuns, como mesas, maçanetas, interruptores de luz e banheiros;
- Usar produtos eficientes e seguros: os desinfetantes devem ser eficazes contra os agentes infecciosos mais comuns e seguros para uso em ambientes frequentados por crianças;
- Evitar o compartilhamento de objetos: compartilhar objetos de uso pessoal, como copos, garrafinhas de água ou frascos de refrigerante e suco, pode desencadear doenças graves;
- Manter o ambiente arejado: abrir janelas e portas dificulta a proliferação de vírus e bactérias;
- Manter o ambiente limpo e organizado: salas de aula arrumadas, cadeiras e mesas higienizadas, banheiros limpos e áreas de recreação bem conservadas contribuem para o bem-estar dos estudantes;
- Demonstrar o impacto das ações: compartilhar com os alunos os resultados positivos de seu esforço na limpeza e conservação da escola motiva os alunos a continuar se dedicando ao cuidado do espaço escolar.

O papel dos pais na prevenção da escarlatina


O papel dos pais na prevenção da escarlatina é importante para evitar a propagação da doença, que é bacteriana e contagiosa. Cabe aos responsáveis reforçar os bons hábitos já mencionados e reforçados abaixo:
- Higienização das mãos;
- Evitar aglomerações;
- Isolar pessoas infectadas e sintomáticas;
- Não compartilhar objetos pessoais, como garrafinhas de água e talheres;
- Conhecer e observar os sintomas;
- Repousar em casa;
- Consultar um médico e iniciar o tratamento.


Quando evitar o contato com outras crianças para reduzir o risco


Crianças com escarlatina devem ser afastadas da escola por pelo menos 24 horas após o início do tratamento para evitar o contágio e permitir o repouso. Mesmo pessoas sem sintomas podem transmitir a doença.

Quando procurar acompanhamento médico para a escarlatina?


Todos os casos de escarlatina devem ter acompanhamento médico uma vez que o tratamento é feito com antibióticos, uma classe de medicamentos que só pode ser comprada com receita médica.

Sinais de agravamento da escarlatina que exigem consulta médica


Sinais como febre persistente ou alta, vômitos, recusa alimentar e prostração são indicativos para procurar atendimento médico com urgência.

Cuidados adicionais com o suporte de um plano de saúde para evitar complicações


A infância é uma fase repleta de energia e disposição, contudo, também a mais vulnerável à viroses e infecções. Por esse motivo, toda criança deve ser acompanhada de perto pelo pediatra e com um plano de saúde infantil, tudo fica mais fácil. Apenas o médico poderá determinar se o paciente está liberado do tratamento sem a necessidade de nenhuma intervenção adicional. Sem falar que essa é a melhor maneira de se sentir plenamente seguro em relação à saúde dos filhos.

Conclusão: a importância de um plano de saúde no tratamento da escarlatina infantil


Um plano de saúde oferece acesso a uma ampla gama de serviços médicos, como consultas de rotina, exames regulares, tratamentos especializados, entre outros.
- Garante que a criança receba atenção médica adequada em todas as fases do seu desenvolvimento;
- Permite o acompanhamento regular do crescimento;
- Contribui para a detecção precoce de problemas de saúde;
- Ajuda a criar hábitos saudáveis na infância;
- Proporciona tranquilidade aos pais e responsáveis.

Prevenção e cuidados com a saúde infantil por meio de um acompanhamento contínuo


Nem todo mundo sabe, mas na medicina temos uma especialidade chamada puericultura. Em resumo, uma área da pediatria que consiste no acompanhamento da saúde de crianças e adolescentes, desde o nascimento até aos 19 anos. O objetivo é promover e proteger a saúde da criança, identificando precocemente possíveis distúrbios.
A puericultura é realizada por um médico, normalmente um pediatra, e pode incluir uma equipa multidisciplinar, com enfermeiros, psicólogos e educadores capacitados a realizar os seguintes procedimentos:
- Avaliar o desenvolvimento físico, motor, cognitivo, afetivo e linguístico da criança;
- Observar a saúde oral, a audição, a visão, o rendimento escolar, a cobertura vacinal, o histórico alimentar e o estado nutricional;
- Analisar o relacionamento da criança com as pessoas à sua volta;
- Orientar os pais sobre como lidar com dificuldades, como a adaptação à amamentação ou o reconhecimento de sintomas graves;
- Prevenir doenças através de uma supervisão higiênica, dietética, comportamental e nutricional.

Como o tratamento precoce contribui para a recuperação da criança com escarlatina


O paciente com escarlatina pode consultar um clínico geral, dermatologista, infectologista e/ou pediatra (quando a infecção atinge crianças). Quantos mais cedo iniciar o tratamento adequado, maiores as chances de uma rápida recuperação sem o risco de complicações.
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