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Doação de medula pode ajudar a salvar vidas
Publicado em: 26/02/2021
Cadastro pode ser feito em hemocentros e é importante porque 60% dos pacientes não encontram doadores próximos
Você já pensou iniciar 2021 ajudando a salvar vidas? Saiba que isso é possível através de um simples gesto de solidariedade: a doação de medula óssea. O cadastro de doadores no Redome, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, necessita constantemente da inclusão de novos doadores. Isso ocorre porque a chance de um paciente encontrar uma medula óssea compatível se aproxima da probabilidade de ganhar na loteria - é de 1 em 100 mil. Para se ter uma ideia, o doador ideal (irmão compatível), está disponível em apenas 25% das famílias brasileiras.
Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), mais de 60% dos pacientes não encontram doadores próximos. A situação se tornou ainda mais difícil para quem espera por um doador durante a pandemia da Covid-19. O cadastro de novos doadores foi o pior desde 2013.
A médica hematologista da Clinipam GNDI, Cristiane Henriques, explica que a medula óssea é a “fábrica” do sangue que fica dentro dos ossos. É na medula óssea onde são produzidas as células que circulam na corrente sanguínea, caso das hemácias, leucócitos e plaquetas, componentes que estão envolvidos em processos de transporte de oxigênio dos pulmões pelo organismo, sistema de defesa e sistema de coagulação do sangue, respectivamente. Devido a esse papel da medula óssea no corpo humano, a doação pode beneficiar pacientes de uma série de doenças hematológicas. “São doenças como anemia aplástica, anemia falciforme, mielodisplasia, mieloma múltiplo, leucemias e linfomas, devendo cada caso ser analisado”, pontua a médica.
Conforme Dra. Cristiane, os riscos para o doador são mínimos, variando de acordo com a forma de doação, que pode ser realizada através de coleta em centro cirúrgico, sob anestesia, ou através de um acesso periférico, após uso de uma medicação específica. “Quando a doação sai da medula óssea pode haver dor local e fraqueza, mas são sintomas leves e transitórios. Quando a coleta é periférica, pode haver um pouco de dor óssea pela medicação feita antes da coleta, também facilmente controlada”, comenta.
A médica hematologista da Clinipam GNDI assinala que o processo tem início com a busca de doador compatível através de testes específicos. O cadastro para doação é simples, feito por meio da coleta de sangue periférico em pequena quantidade, que é registrado em um banco de dados. Assim que o material coletado é considerado compatível, o doador é consultado para decidir quanto à doação. Caso aceite, o receptor é submetido a um preparo com um tratamento para matar as células doentes para receber o transplante em si. O procedimento do transplante é parecido com o recebimento de uma transfusão de sangue. Essa “bolsa de sangue”, contudo, contém células novas que se alojarão na medula óssea e exercerão sua função.
Dra. Cristiane destaca ainda que se trata de um procedimento simples, sem maiores complicações e que pode ser decisivo para a vida de muitas pessoas. “Por isso, a conscientização das pessoas em campanhas como essa é tão importante”, avalia.
Para ser doador de medula óssea, é preciso ter idade entre 18 e 55 anos, bom estado geral de saúde, sem doenças infecciosas ou incapacitantes. Outro critério é não ter histórico de câncer, doenças hematológicas ou do sistema imunológico. Algumas complicações de saúde não são impeditivas da doação, sendo cada caso analisado.
Se você se interessou em fazer parte dessa causa, procure o hemocentro mais próximo e agende uma consulta de esclarecimento sobre a doação de medula óssea. Mesmo durante a pandemia, é possível fazer o cadastro seguindo todos os protocolos de segurança. Mais informações também podem ser obtidas no site do Redome, o
www.redome.inca.gov.br.