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Colesterol alto: Seus riscos à saúde
Publicado em: 08/08/2023

Saiba como a alimentação interfere no perfil lipídico e ajuda a prevenir cardiopatias. Os exercícios físicos também ajudam a queimar gordura e controlar o colesterol ruim
O Instituto Nacional de Cardiologia (INC) aponta que, entre 2008 e 2022, o número de internações por infarto aumentou no Brasil. Entre os homens, a média mensal passou de 5.282 para 13.645, alta de 158%. Entre as mulheres, a média foi de 1.930 para 4.973, um crescimento de 157%. O estudo foi feito com base nos dados do Sistema de Internação Hospitalar do Datasus, do Ministério da Saúde.
Os números alarmantes soam como um alerta sobre a importância de cuidar da saúde do coração. E o colesterol elevado no sangue é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares e está entre as causas que podem levar ao infarto ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). Por isso, o Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol, celebrado em 8 de agosto, foi criado para promover ações de conscientização e prevenção contra o colesterol alto, que traz prejuízos para a saúde.
Leia neste artigo a diferença entre o colesterol bom e o colesterol ruim e porque um estilo de vida saudável contribui com bons níveis do perfil lípido, evitando doenças.
Mas afinal, o que é colesterol?
O colesterol é um lipídio constituído por um álcool policíclico de cadeia longa, usualmente denominado um esteroide, encontrado nas membranas celulares e transportado no plasma sanguíneo de todos os animais. É um componente essencial das membranas celulares dos mamíferos e é essencial para o bom funcionamento do organismo. Além disso, 70% da quantidade necessária é produzida pelo nosso próprio corpo. Então por que é que tanta gente fala que o colesterol é ruim?
A primeira coisa que você precisa saber é que há dois tipos dessa gordura circulando pelo sangue. Um deles é o HDL, mais conhecido como “colesterol bom”; o outro é o LDL, o “colesterol ruim”. Os dois tipos são gordura. Contudo, quando há excesso do LDL, há risco de formação de placas de gordura na parede das artérias. As placas dificultam a circulação sanguínea e, por isso, podem causar infartos ou AVC.
Para saber como anda o seu colesterol, é preciso passar por exames laboratoriais, que vão medir a quantidade de gordura (perfil lipídico) no sangue. Há índices de referência estabelecidos pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. O colesterol total deve estar na faixa de 200 mg/dl, o colesterol bom (HDL) deve estar alto (maior do que 60 mg/dl) e o colesterol ruim (LDL) deve estar baixo (entre 100 e 129mg/dl). Para manter tudo em equilíbrio, há dois pontos essenciais: informação e alimentação.
Continue a leitura deste artigo para saber mais.
Por que a alimentação interfere no colesterol?
Se o corpo produz 70% do colesterol, como já dissemos neste artigo, de onde vêm os outros 30%? Da alimentação – e é por isso que os médicos recomendam sempre uma dieta
equilibrada, com pouco açúcar e pobre em gordura. Esses alimentos em excesso são vilões da saúde cardíaca.
O que deve ser retirado do cardápio de quem possui colesterol alto?
Margarina, manteiga, creme de leite, queijos cremosos e amarelos, nata de leite, gordura hidrogenada, banha animal, óleo e leite de coco, bacon, toucinho, linguiças, salame, presunto gordo, mortadela, carnes vermelhas e outras carnes gordas como pele de frango e miúdos, além de alimentos processados e ultraprocessados.
Quais alimentos são recomendados para uma dieta saudável?
Prefira alimentos in natura e como cereais integrais, frutas, legumes e verduras e minimamente processados
A aveia, a linhaça, a chia e as oleaginosas devem fazer parte da sua dieta. As fibras presentes na aveia, além de promover a sensação de saciedade, controlam a taxa de açúcar no sangue e reduzem a absorção de gordura. As oleaginosas (castanhas e nozes) contêm arginina, que auxilia na vasodilatação, por isso, são indicadas para prevenir doenças coronarianas. As sementes de linhaça e chia são fontes de ômega 3, um tipo de gordura que reduz os níveis de colesterol total e ruim e aumenta o HDL.
Os peixes de águas profundas como sardinha, truta e bacalhau são ricos em ácidos graxos e auxiliam no aumento do colesterol bom (HDL) e diminuem os índices do ruim (LDL).
O abacate é mais um ‘alimento do bem’ que deve fazer parte do nosso cardápio com frequência: contém vitamina E, C e A, potássio, ferro e betacaroteno. A fruta também é rica em ácido oleico, um tipo de gordura monoinsaturada que age na diminuição da absorção do colesterol no intestino e sua síntese pelo fígado. Desse modo, ajuda a diminuir os índices de colesterol ruim no organismo.
Atividade física
Mexer o esqueleto é essencial para quem deseja adotar um estilo de vida saudável e combater o colesterol. As atividades aeróbicas são recomendadas porque “queimam” a gordura acumulada no organismo e baixam o nível do colesterol.
A musculação também promove benefícios para a saúde. A redução da massa muscular, causada pelo envelhecimento ou por falta de atividade física, leva a um alto índice de desenvolvimento de diversas doenças cardiovasculares. Com o ganho de força e de massa muscular, o coração sofre menor sobrecarga com esforços do dia a dia.
Vale enfatizar ainda que essa alteração nos índices de colesterol provocada pela atividade física ocorre porque, durante o exercício, a circulação sanguínea é aumentada e ativa o fluxo de sangue nas veias e artérias. Isso evita que as gorduras, os triglicerídeos e o LDL se instalem e se acumulem nas paredes das artérias.
Diga não para o tabagismo
O cigarro potencializa os riscos de doenças do coração. O tabagismo está relacionado a inúmeras doenças cardiovasculares, diferentes tipos de câncer e diversas outras patologias. O tabaco é a principal causa de morte evitável; cerca de 8 milhões de pessoas morrem por esse motivo e, infelizmente, nem todos são fumantes diretos.