Máscara PFF2, tecido ou descartável: qual devo utilizar?
Publicado em: 27/07/2021
O Brasil vem avançando na campanha de vacinação contra o coronavírus. Até agora, mais de 70 milhões de pessoas receberam a primeira dose e quase 30 milhões já estão totalmente imunizadas. Porém, os cuidados continuam, principalmente, com o uso da máscara. Mas algumas dúvidas ainda surgem entre a população. Qual o modelo de máscara mais adequado? As máscaras de tecido são realmente eficazes? Qual a diferença entre a máscara descartável e a máscara PFF2?
Máscara PFF2
A máscara PFF2 é um Equipamento de Proteção Individual (EPI) utilizado, principalmente, por profissionais da saúde. A sigla significa Peça Facial Filtrante, mas também é conhecida como “respiradores”.
A máscara descartável PFF2 cobre o nariz e a boca, mas a grande diferença dela para as outras é o poder de vedação, que retém as gotículas emitidas por outra pessoa e, além disso, impede que os aerossóis – partículas que ficam no ar por alguns minutos - contaminem alguém que está dentro de um ambiente. Uma máscara desse modelo filtra pelo menos 95% das partículas transportadas pelo ar.
Esse tipo de máscara é considerado o mais eficaz e pode ser adquirido por todos, não só profissionais de saúde. Basta ir até uma loja de artigos médicos ou consultar o produto em sites confiáveis na internet. É importante checar se existe o selo do Inmetro.
A máscara PFF2 também é conhecida como N95, mas esta sigla é usada nos Estados Unidos. Pode ser reutilizada. Basta deixá-la descansando entre 3 a 7 dias, em local arejado, sem luz solar direta. Mas fique atento: depois de cinco usos, precisa ir para o lixo.
Máscara de tecido
Uma pesquisa feita pela Universidade de São Paulo (USP) mostrou que a eficácia de uma máscara de tecido é a menor entre as disponíveis no mercado. Os pesquisadores testaram alguns tecidos diferentes: algodão, lycra e microfibra. A eficácia variou entre 15% e 70%, tendo como média, 40%. Neste experimento, os modelos de máscaras passaram por um equipamento que produz partículas de aerossol de tamanho similar ao vírus da Covid-19. A concentração de partículas foi mensurada após a emissão do jato.
As máscaras de tecido foram recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) bem no início da pandemia e referendadas pela Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa). Os pontos favoráveis desse modelo são o baixo custo e a confecção caseira e manual. Atenção para as recomendações: lave com água corrente e sabão. Depois, deixe de molho por 30 minutos em uma solução com água sanitária. Lave na sequência e deixe secar ao ar livre.
Máscara descartável
O modelo de máscaras descartáveis já era utilizado por algumas pessoas em ambientes hospitalares. São feitas de TNT e contém um filtro que retém micro-organismos e gotículas. Também existem as confeccionadas em polipropileno ou de três camadas.
Precisam ser descartadas após o primeiro uso. Têm eficácia maior que as de tecido, mas menor que a máscara PFF2. Um dos problemas desse modelo é a falta de vedação na lateral. Mesmo assim, um estudo feito pela Universidade Duke, nos Estados Unidos, apontou eficácia de 90%.