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Novembro Azul: diagnóstico precoce aumenta chances de cura de tumores de próstata
Publicado em: 17/11/2021
O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. No Brasil, são 68.220 novos casos todos os anos, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). A boa notícia é que cerca de 90% dos casos têm cura quando o diagnóstico é precoce. Daí a importância do Novembro Azul, campanha que acontece no mundo todo para chamar a atenção dos homens sobre o autocuidado.
E, quando se trata do câncer de próstata, os exames clínicos são indispensáveis para a detecção precoce da doença. São eles o PSA (antígenos específicos da próstata) e o toque retal – procedimento que ainda vive à sombra de preconceitos, mas, além de ser simples, é fundamental para detectar qualquer anormalidade na próstata. A recomendação é que a rotina desses exames tenha início após os 40 anos e perdure até os 75-80 anos. É incomum ter pacientes com câncer de próstata antes dos 45 a 50 anos, por esta razão, não há necessidade de fazer os exames antes dos 40 anos.
Idade é maior fator de risco
A próstata acompanha as mudanças naturais do organismo ao longo do tempo. O número de células se multiplica geralmente a partir dos 50 anos e é comum que os valores de PSA aumentem em homens nesta faixa etária. Por isso, a idade é o “sinal vermelho” que pode sinalizar o surgimento de tumores na próstata, ou seja: quanto mais velho for o paciente, maiores as chances de desenvolver a doença.
Na maioria dos casos o câncer de próstata é assintomático: mais um motivo para adotar cuidados preventivos. As dores ósseas aparecem em menos de 15% dos diagnósticos, quando a metástase já está avançada.
Outros sintomas, como urgência urinária e aumento da frequência de idas ao banheiro (especialmente à noite) podem indicar outros problemas, como hiperplasia prostática benigna e aumento benigno da próstata. Nestes casos, é preciso realizar uma avaliação junto a um médico urologista. Além do câncer, os exames de próstata são importantes para analisar se há outras patologias, como infecções e inflamações que podem causar desconforto e afetar a qualidade de vida dos pacientes.
Tratamento
Após o diagnóstico, há várias possibilidades de tratamento: é o estágio da doença que vai determinar que intervenções serão realizadas. Nem todo câncer de próstata implica em procedimento cirúrgico ou quimioterapia - feita somente em casos mais avançados. Especialmente em pacientes idosos, muitas vezes a recomendação é focada no acompanhamento, chamado de vigilância ativa, com biópsias anuais, exames de toque, PSA e imagem sequenciais, para acompanhar a evolução do quadro. Quando a doença está avançada, com metástase, o tratamento primário é sempre hormonal. O objetivo é bloquear a ação da testosterona dentro das células, pois ela alimenta o desenvolvimento da doença. O bloqueio central inibe a produção de testosterona diretamente no testículo.