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Dia dos Avós: vamos falar da saúde mental dos idosos?

Publicado em: 26/07/2022 Dia dos Avós: vamos falar da saúde mental dos idosos? Demência e depressão são os principais transtornos que acometem essa faixa da população; saiba como o envelhecimento ativo pode evitá-los

O Dia dos Avós, comemorado em 26 de julho, é especial para avós e netos. É uma oportunidade de dedicar um tempinho para aqueles que são “pais com açúcar”. A expressão popular traduz todo o carinho que recebemos daqueles que são especialistas na arte de “mimar”. A data foi criada para criar memórias afetivas, fortalecer os laços e promover trocas entre as duas gerações.

O compartilhamento de experiências é tão importante para a formação dos mais novos quanto para o bem-estar dos mais velhos. Crianças e jovens podem aproveitar esse dia para ensinar para os avós como usar as novas tecnologias e para bater um papo bem longo. A compreensão da mudança de valores comportamentais, sociais e culturais é um exercício intelectual para os idosos.

Por outro lado, para eles, contar suas próprias histórias é uma forma de desenvolver a autoestima e se sentir valorizado. São os matriarcas e patriarcas que transmitem os valores morais da família e que apresentam esse legado para os mais novos. E para eles, tudo isso é motivo de um grande orgulho.

O Dia dos Avós também possui outro um viés: alertar sobre os cuidados com a saúde do público que faz parte da chamada melhor idade. À medida que as pessoas envelhecem o próprio organismo começa a dar sinais de cansaço. Daí a preocupação com as patologias que mais acometem os idosos (para saber quais são elas, leia esse texto: As 10 doenças que mais afetam os idosos | Clinipam - GNDI SUL). No entanto, a data é um estímulo, sobretudo, para falar da saúde mental dos avós. E você sabe quais são os transtornos mais comuns nessa faixa demográfica?

A depressão e a demência estão no topo da lista. A primeira pode ser desencadeada por diversos fatores, como a solidão, o sentimento de inutilidade, a falta de um propósito de vida por julgarem que estão no fim da sua jornada, o apego excessivo ao passado e a rotina monótona (inatividade).

Demência


A demência é a condição que afeta a memória. O primeiro sinal de que algo não vai bem é quando o esquecimento começa a ser recorrente. Um levantamento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) aponta que 50% dos diagnósticos de demência em adultos no Brasil poderiam ser evitados, caso fatores de risco fossem controlados. O estudo foi feito a partir de um banco de dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a amostra incluiu 9,4 mil pessoas com 50 anos ou mais.

Os fatores de risco identificados na pesquisa para o desenvolvimento da demência são: nível de escolaridade, perda auditiva, hipertensão, consumo de álcool, obesidade, tabagismo ativo, depressão, isolamento social, inatividade física e diabetes.

Entre os fatores citados acima, a perda auditiva foi o fator de maior impacto, presente em 14,2% dos pacientes diagnosticados com demência. Na sequência aparecem a inatividade física (11,2%) e a hipertensão (10,4%), que podem ser controlados por meio da adoção de um estilo de vida saudável.

Bons hábitos também podem prevenir ou retardar outro mal que afeta dos idosos: o Alzheimer. Essa doença costuma aparecer com maior frequência a partir dos 65 anos e é caracterizada pela atrofia e deterioração lenta e progressiva do cérebro, o que acaba afetando as funções cognitivas, especialmente a memória. A locomoção, a deglutição e comunicação em casos mais avançados também são prejudicadas.

O Alzheimer não tem cura e o tratamento consiste na preservação das funções cerebrais que ainda não foram afetadas, assim como amenizar sintomas como a depressão e a insônia. Além disso, essa enfermidade está associada a fatores genéticos.

A boa notícia é que o Alzheimer, assim como grande parte das doenças crônicas, pode ser prevenido por meio do envelhecimento ativo, um conceito da Organização Mundial da Saúde (OMS), baseado em três pilares:

Físico: tudo que tem a ver com o nosso corpo. Em qualquer etapa da vida é aconselhável praticar atividades físicas no cotidiano e no lazer, adotar uma alimentação equilibrada, reduzir o consumo de álcool e eliminar o tabagismo. Essas atitudes são bem simples e vão contribuir para um envelhecimento saudável com um ganho substancial em qualidade de vida e saúde.

Social: consiste nas interações que estabelecemos. Vale lembrar que a palavra “ativo” não diz respeito apenas à ideia de movimento físico. Viver ativamente significa continuar contribuindo – mesmo que no papel de aposentados ou com algumas doenças e limitações – com seus familiares, amigos e com a comunidade.

Afinal, como diz a antiga expressão que deriva do latim, “mente sana corpo sano”, a saúde é resultado do bem-estar do corpo e da mente. Atividades de lazer e o convívio social também são essenciais quando falamos da saúde dos idosos.

• Mental: aqui interessam os aspectos do mundo afetivo e cognitivo do ser humano.

Se quiser saber mais sobre o envelhecimento ativo, leia: Envelhecimento ativo: já ouviu falar disso? | Clinipam - GNDI SUL

O papel da família


Filhos e netos possuem um papel indispensável nos cuidados com a saúde mental dos idosos. Aproveite o Dia dos Avós para retribuir todo o amor que eles ofereceram a você e aproveite para conversar sobre todos esses assuntos que debatemos neste post. Mostre para eles que o autocuidado será determinante para que tenham mais qualidade de vida e para que possam aproveitar bons momentos em família por muito tempo!