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Paraná já registra mais de 65 mil casos de dengue

Publicado em: 02/04/2020 Paraná já registra mais de 65 mil casos de dengue Mobilização popular é fundamental para acabar com a água parada e, consequentemente, com os criadouros do mosquito que transmite a doença

Além do Coronavírus, outra doença avança no Paraná. Estamos falando da dengue. Os casos confirmados no ano epidemiológico já passam de 65 mil no Estado, que contabiliza 49 mortes ocasionadas por essa enfermidade em 2020.

Se essa doença já é preocupante normalmente, o cenário torna-se ainda mais dramático com a pandemia de Coronavírus, por conta da escassez de leitos hospitalares para atender uma demanda recorde de pacientes. Nas últimas semanas, o sistema de saúde no interior do Paraná, onde a prevalência da dengue é maior, já estava operando no limite por conta das internações relacionadas à doença. 

O verão e o outono são as estações preferidas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. As temperaturas mais altas e chuvas regulares favorecem o acúmulo de água nas residências. É a morada perfeita para o inseto que, além da dengue, transmite o zika vírus e a chikungunya. Todas são doenças com sintomas severos, que podem levar ao óbito se não tratadas a tempo. 

Fernando Chong, médico de família da Clinipam, explica quais são os sintomas da dengue: “febre de início abrupto (geralmente entre 39 e 40ºC), com duração de dois dias a uma semana, dor de cabeça, muscular e nas articulações, prostração, lesões avermelhadas e coceira pelo corpo e dor nos olhos.”

E é bem importante ressaltar que a dengue é uma doença que pode ser evitada. Uma medida bem simples é não deixar água parada, para inibir a proliferação do mosquito. Você sabia que 80% dos criadouros são residenciais? Por isso, a mobilização popular é fundamental no êxito das ações e consequente eliminação de focos.  

Bastam apenas 10 minutos por semana para deixar o ambiente livre do mosquito. A vistoria deve acontecer em caixas d’água, tonéis, vasos de plantas, calhas, garrafas, lixo e bandejas de ar-condicionado, evitando deixar água parada que sirva de criador.

Proteja-se

A melhor forma de se proteger do mosquito é evitar que ele se desenvolva, ou seja, eliminar os focos de larvas. O uso de inseticidas não elimina o Aedes aegypti adulto e ainda causa sérios danos à natureza. As contra indicações são as mesmas no caso de uso em larvas.

A melhor maneira de combater o mosquito adulto é eliminar as águas paradas, ou seja, os criadouros do mosquito. Não havendo água parada, as fêmeas não têm um lugar adequado para que seus ovos se desenvolvam e assim, a população de mosquitos adultos vai sendo reduzida até não representar mais perigo.

Existe uma série de medidas que se não impedem a transmissão da dengue, chikungunya e zika, mas dificultam a incidência das doenças. Confira algumas dicas:

      - O uso de espirais ou vaporizadores elétricos: devem ser colocados ao amanhecer e/ou no final da tarde, antes do pôr-do-sol, horários em que os mosquitos mais picam.

      - Mosquiteiros: devem ser usados principalmente nas casas com crianças, cobrindo as camas e outras áreas de repouso, tanto durante o dia quanto à noite.

      - Repelentes: podem ser aplicados no corpo, mas devem ser adotadas precauções quando utilizados em crianças pequenas e idosos, em virtude da maior sensibilidade da pele.

      - Telas: usadas em portas e janelas, são eficazes contra a entrada de mosquitos nas casas.