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Coqueluche: riscos e como proteger sua família
Publicado em: 11/07/2024
Coqueluche: entenda os riscos e como proteger sua família
Você sabia que uma tosse persistente pode ser mais perigosa do que parece? A coqueluche, também conhecida como tosse comprida ou pertussis, é uma infecção respiratória altamente contagiosa que afeta pessoas em todo o mundo. O risco de transmissão da doença aumenta em tempos de clima frio e ameno, como no final do inverno e início da primavera. Nessa época, os cuidados devem ser redobrados com bebês de até 6 meses, que ainda não completaram o esquema vacinal primário contra a doença.
Diante do recente aumento de casos de coqueluche em diversos países, o Ministério da Saúde do Brasil emitiu em maio de 2024 um alerta para reforçar a vacinação tanto em bebês quanto em gestantes e profissionais que atuam com crianças pequenas. Além disso, medidas de vigilância epidemiológica estão sendo intensificadas no país para prevenir surtos e garantir a segurança da população.
Confira neste artigo como proteger sua família da coqueluche e contribuir para a saúde pública.
O que é coqueluche?
A coqueluche é uma doença infecciosa aguda causada pela bactéria Bordetella pertussis, que afeta principalmente o sistema respiratório, incluindo traqueia e brônquios. A infecção se caracteriza por episódios de tosse intensa e prolongada, podendo durar entre 6 a 10 semanas. O período de incubação vai de 5 a 10 dias, podendo variar de 4 a 21 dias e, raramente, até 42 dias.
A coqueluche é altamente contagiosa e se espalha por meio de gotículas respiratórias expelidas ao tossir, espirrar ou falar. Uma pessoa infectada pode transmitir a bactéria para 12 a 17 outras suscetíveis. Em casos raros, a transmissão pode ocorrer por objetos contaminados com secreções de pessoas doentes.
Quais os principais sintomas da doença?
A infecção por B. pertussis invade a mucosa respiratória, aumentando a secreção de muco, que é inicialmente líquido e então torna-se viscoso e consistente. A doença evolui em três fases:
Fase catarral (1 a 2 semanas):
- Nariz escorrendo (coriza)
- Febre baixa
- Espirros
- Tosse leve e ocasional, que aumenta gradualmente
- Espirros, lacrimejamento, anorexia, apatia
- Tosse seca noturna, tornando-se diurna. Febre é rara.
Fase paroxística (2 a 6 semanas):
- Episódios de tosse intensa e rápida
- Tosse termina com som característico de "guincho"
- Vômitos após os episódios de tosse
- Fadiga extrema
- Crises de tosses fortes, sucessivas, seguidas por estridor rápido à inspiração profunda
- Secreção viscosa copiosa pode ser expelida ou borbulhar nas narinas
Fase de convalescença (semanas a meses):
- Redução gradual da tosse
- Episódios podem reaparecer com infecções respiratórias subsequentes
- Duração média da doença: aproximadamente 7 semanas, podendo variar de 3 semanas a 3 meses ou mais.
Potenciais riscos
A maioria das pessoas consegue se recuperar da coqueluche sem sequelas e maiores complicações. Contudo, a doença pode ser grave em lactentes (bebês que estão na fase da amamentação) e crianças pequenas, causando complicações como encefalopatia, apneia, pneumonia, convulsões e até morte. Os mais suscetíveis são bebês de até 6 meses de vida, que ainda não completaram o esquema vacinal primário contra a doença.
Em adultos, embora menos comum, a coqueluche pode resultar em complicações como fraturas de costela devido aos intensos episódios de tosse.
Como funciona o tratamento da coqueluche?
O tratamento da coqueluche envolve o uso de antibióticos para eliminar a bactéria e reduzir a transmissão da doença. Em casos graves, pode ser necessário hospitalização para monitoramento e suporte respiratório. Em lactentes, a sucção para remover o excesso de muco da garganta pode ser vital.
Além disso, é essencial manter o paciente em isolamento para evitar a propagação da infecção. Cuidados de suporte, como repouso, hidratação adequada e medicamentos para aliviar os sintomas, também são recomendados.
Prevenção com a vacina pentavalente
A principal estratégia para prevenir a coqueluche é a vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b. Essa vacinação começa aos 2 meses de idade, com doses subsequentes aos 4 e 6 meses. Ainda são necessários reforços aos 15 meses e aos quatro anos de idade.
A imunidade conferida pela vacina, no entanto, não é permanente, exigindo reforços ao longo da vida adulta. Por isso, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a vacinação de gestantes com a vacina dTpa (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto), de forma a proporcionar imunidade passiva aos recém-nascidos.
Além disso, o Ministério da Saúde estendeu o reforço da dTpa a profissionais de saúde que atuam em ginecologia, obstetrícia, pediatria, doulas e trabalhadores de berçários e creches com crianças até quatro anos.
No Brasil, o último pico epidêmico de coqueluche ocorreu em 2014, com 8.614 casos confirmados. De 2015 a 2019, o número de casos confirmados variou entre 3.110 e 1.562. A partir de 2020, houve uma redução importante no número de casos confirmados, associada à pandemia de
COVID-19 e ao isolamento social. Porém, entre 2016 e 2023, as taxas de vacinação contra a coqueluche ficaram abaixo dos 95% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que pode favorecer o aumento de casos.
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