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Saiba como prevenir e tratar a conjuntivite

Publicado em: 12/12/2023 Saiba como prevenir e tratar a conjuntivite

Apesar de comum, a condição exige cuidados adequados para ser tratada e não passar de uma pessoa para outra, uma vez que é contagiosa.

Chega o final do ano, o verão e as festas e em meio a tudo isso uma convidada nada amigável chamada conjuntivite. A inflamação no interior das pálpebras e da membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular, isto é, o branco dos olhos, registra maior número de casos no calor. Apesar de incômoda e contagiosa, em geral é uma condição fácil de tratar.

Normalmente, começa de um lado e logo os primeiros sinais de alerta aparecem do outro, a menos que você seja sortudo. Enfim, após mais ou menos de sete a 15 dias de muita vermelhidão, coceira, secreção ocular, fotofobia (sensibilidade à luz) e aquela sensação de estar com areia no olho acompanhada de lacrimejamento em excesso, o problema tende a desaparecer por conta própria sem deixar sequelas. Contudo, o tratamento adequado pode acelerar o processo de recuperação.

No post de hoje, trazemos algumas informações importantes sobre o quadro, bem como formas de prevenção. Confira!
Condições que favorecem a conjuntivite.

Sabe porque os casos de conjuntivite costumam aumentar de dezembro a março? Nas estações mais quentes, como é o caso nos próximos meses aqui no Brasil, há um aumento da exposição a alérgenos, como pólen e ácaros, que podem desencadear reações alérgicas na conjuntiva. Além disso, o calor e a umidade proporcionam um ambiente favorável para o crescimento de bactérias e vírus que podem causar conjuntivite infecciosa

No entanto, a condição também pode ser causada por outros fatores. É o caso de irritantes químicos, como poluentes do ar, cloro de piscina, produtos de maquiagem contaminados e contato direto com substâncias irritantes, por exemplo. Infecções virais e bacterianas também são causas habituais.

Tipos de conjuntivite
É importante lembrarmos que existem diferentes tipos de conjuntivite, incluindo a alérgica, a viral e a bacteriana, e o tratamento varia de acordo com cada um deles.

1. Conjuntivite viral
O adenovírus - grupo de vírus que causam doenças respiratórias, como resfriados, bronquites e pneumonias - se instala nos olhos, provocando a chamada conjuntivite viral. Nestes casos, observa-se a presença de secreção esbranquiçada nos olhos, além de febre e dor de garganta. Tosse, espirro e líquido ocular colaboram com a transmissão do vírus, no entanto, não há relatos de transmissão pelo ar.

Tratamento da conjuntivite viral
Esse tipo específico de conjuntivite costuma durar entre 4 e 7 dias e não costuma exigir um tratamento específico. Contudo, isso não dispensa a ida ao oftalmologista para confirmação do diagnóstico e as devidas orientações. O oftalmo costuma indicar colírios para a hidratação dos olhos, além da higienização das pálpebras ao longo do dia. As compressas frias e úmidas também são indicadas nos casos de possíveis desconfortos.

2. Conjuntivite bacteriana
Diferentemente do tipo viral, a conjuntivite bacteriana apresenta secreção mais volumosa e de tom amarelado. O contágio, muitas vezes, acontece pelo toque no momento em que alguém encosta a mão em um lugar contaminado e leva aos olhos.

Tratamento da conjuntivite bacteriana
Nesses casos, o tratamento geralmente é feito com o uso de antibióticos em forma de colírios ou pomadas. O objetivo é combater a bactéria causadora da inflamação, que dura em média uma semana.

3. Conjuntivite alérgica
Esta é a manifestação mais simples da conjuntivite, porém não menos preocupante, pois cerca de 20% das pessoas apresentam algum grau de conjuntivite alérgica. Os agentes causadores das crises incluem alimentos, poeira, pelos de animais, pólen, medicamentos, ácaros, insetos, entre outros.

Tratamento da conjuntivite alérgica
Para prevenir ou combater os casos de alergia ocular são utilizados medicamentos antialérgicos. É importante ter em mente que se for recorrente, é necessário tomar os cuidados básicos para a prevenção. O mesmo vale para as conjuntivites com essa origem que, diferentemente das demais, se agrava nos meses mais secos, como no inverno. Se a conjuntivite alérgica se tornar crônica pode vir a ocorrer opacificação da córnea e diminuição da capacidade da visão que pode, inclusive, levar à cegueira.

Conjuntivite pode ser causada pelo coronavírus?
Sim, pode!
Segundo o professor do Departamento de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da UFMG, Daniel Vitor Santos, da mesma forma que outros vírus conhecidos, como os de gripes comuns, o coronavírus também pode levar a quadros de conjuntivite.

Ainda segundo o professor, todas as infecções de vias aéreas (como garganta e nariz) podem levar a inflamação da conjuntiva. E, por conta disso, os oftalmologistas têm perguntado aos pacientes com suspeita de conjuntivite se ele também apresentou algum problema respiratório recentemente, como tosse ou nariz escorrendo. As formas de tratamento são as mesmas das outras conjuntivites virais.

Como prevenir a conjuntivite
É raro quem nunca teve conjuntivite pelo menos uma vez na vida, já que trata-se de uma doença relativamente comum e com tipos contagiosos. Embora ninguém esteja livre de passar por este incômodo - só quem já teve sabe o quão desconfortável é -, existem maneiras de evitar “pegar” conjuntivite.
Saiba como prevenir a conjuntivite a seguir:

1. Evite o contato com pessoas infectadas;
2. Lave as mãos regularmente e passe álcool em gel;
3. Não compartilhe objetos pessoais, especialmente itens de maquiagem utilizados nos olhos, pálpebras e cílios;
4. Da mesma forma, não faça uso compartilhado de toalhas e travesseiros;
5. Proteja os olhos de substâncias irritantes, como por exemplo, utilizando óculos de natação em piscinas;
6. Mantenha as janelas fechadas em dias de muita concentração de poluentes no ar;
7. Suspenda o uso de lentes de contato no período em que estiver com a inflamação;
8. Por mais difícil que seja, não coce os olhos.

Apesar de comum, a conjuntivite também está associada a complicações. Por isso, nada substitui uma consulta médica. O oftalmologista é o especialista indicado para esclarecer as principais dúvidas, bem como indicar o melhor tratamento. Nem precisamos te lembrar dos perigos da automedicação, não é mesmo? Então, ficamos combinados assim: caso apresente um ou mais sintomas descritos neste post, procure atendimento! A saúde dos seus olhos agradece. Vamos manter o bem-estar para aproveitar o melhor que o verão tem a oferecer!