Dia Mundial do Terapeuta Ocupacional
Dia Mundial do Terapeuta Ocupacional celebra profissão vital
Já imaginou poder contar com um profissional especializado em ajudar as pessoas a recuperarem a autonomia a fim de sentirem-se integradas ou reintegradas à sociedade? Pois é justamente isso que o terapeuta ocupacional (TO) faz. Diante do papel fundamental na promoção da saúde e bem-estar, no post de hoje você vai entender um pouco mais sobre a profissão, seus principais objetivos e como fazer para ingressar na área.
Vale lembrar que no dia 19 de janeiro é celebrado o Dia Mundial do Terapeuta Ocupacional, data criada em função da regulamentação da atividade através do Decreto Lei nº 938. A partir de 13 de outubro de 1969, um código de ética foi instituído e, desde então, vem sendo supervisionado pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito).
O que faz o terapeuta ocupacional?
O terapeuta ocupacional atua na recuperação de alterações cognitivas, afetivas, psíquicas, perceptivas e psicomotoras. Durante as sessões, ele desenvolve e aplica técnicas, recursos terapêuticos e planos de reabilitação voltados à portadores de distúrbios genéticos ou não, bem como nos tratamentos pós-traumas e de transtornos mentais. Por fim, contribui na prevenção de dificuldades físicas e psicossociais que venham a interferir na qualidade de vida e na recuperação de doenças adquiridas.
Em outras palavras, é a quem se deve recorrer caso aconteça algo - como um acidente, por exemplo - capaz de gerar limitação e perda da produtividade, comprometendo o convívio social e a realização de tarefas cotidianas, entre elas, cuidar de si mesmo, estudar e trabalhar. Entre o público-alvo estão ainda os idosos, grupo que requer atenção especial enquanto busca manter a independência e a confiança, e as crianças com dificuldades para alcançar marcos de desenvolvimento importantes (rastejar, engatinhar e andar). Porém, vale lembrar que o TO acompanha e auxilia pacientes em qualquer faixa etária.
Em quais áreas o terapeuta ocupacional pode atuar?
Quando falamos do campo de atuação do terapeuta ocupacional, percebemos que ele se mostra abrangente. Para facilitar, vamos dividir em duas frentes: em primeiro lugar, os locais onde a especialidade costuma ser frequentemente encontrada e, em seguida, as diferentes disfunções tratadas por meio dela. Vale lembrar que a presença de um TO é relevante em praticamente todos os níveis de atenção primária à saúde.
Para se tornar um TO é preciso ter formação em curso superior. Após concluir a graduação - composta por disciplinas teóricas, práticas e estágios supervisionados - com duração média de quatro anos (8 semestres), o então bacharel deverá obter o registro no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito). Só depois de passar por todas as etapas citadas é que estará apto a trabalhar e fazer as especializações a seguir.
- Acupuntura;
- Contextos Hospitalares;
- Contextos Sociais;
- Contexto Escolar;
- Gerontologia;
- Saúde da Família;
- Saúde Mental.
Agora, confira uma lista das doenças mais comuns atendidas pelo terapeuta ocupacional:
- Sequelas de AVC, traumatismo craniano ou lesões na medula espinhal;
- Paralisia cerebral, deficiência mental, síndromes ou atraso no desenvolvimento psicomotor;
- Transtorno de hiperatividade e déficit de atenção (TDAH);
- Quadros demenciais, Parkinson e Alzheimer;
- Transtorno do espectro autista (TEA);
- Doenças autoimunes, como a esclerose múltipla e artrite reumatoide;
- Sequelas de problemas osteomusculares, como tendinite, fibromialgia ou dor lombar.
Qual é a importância do terapeuta ocupacional na sociedade?
Para quem está plenamente saudável, algumas ações são extremamente simples, como escovar os dentes ou vestir uma camisa. Contudo, existem patologias que impedem ou dificultam a realização dessas e demais rotinas, sobretudo, as de autocuidado, incluindo higiene pessoal e alimentação. Isso sem falar que certas condições afetam os momentos de lazer e colocam em risco a carreira profissional. Portanto, contar com o TO fará diferença em qualquer fase, uma vez que garante à população a oportunidade de seguir fazendo tudo aquilo que se gosta e precisa para viver bem.
Geralmente, os TOs trabalham em hospitais, clínicas, ambulatórios e lares de idosos, mas não ficam restritos a estabelecimentos de saúde. Prova disso, é comum haver atendimentos em projetos sociais, escolas, empresas, casas de família, no sistema prisional, entre outros.
Como a terapia ocupacional promove independência e autonomia
Ao intervir no cotidiano daqueles que estão com o desempenho ocupacional e as habilidades funcionais comprometidas, o TO utiliza uma série de intervenções capazes de promover independência e autonomia. Para tanto, propõe terapias personalizadas a fim de atender as carências individuais. Em geral, as estratégias podem incluir:
- Modificar o modo de realizar uma atividade;
- Planejar de forma abrangente como executá-la;
- Promover adaptações com equipamento de tecnologia assistiva, como órteses e cadeiras de rodas;
- Promover exercícios para ganho de força e sensibilidade;
- Organizar a rotina.
A contribuição do terapeuta ocupacional para a saúde mental
Ao lado de médicos e psicólogos, o TO emprega seu conhecimento técnico para tratar a saúde mental. Nem todo mundo sabe, mas os quadros de depressão, síndrome do pânico, ansiedade e diversos tipos de transtornos - como de personalidade, alimentares e até pelo uso de substâncias - são amplamente beneficiados pela abordagem.
Nesses casos, o terapeuta ocupacional trabalha na criação de um planejamento diário satisfatório para despertar senso de pertencimento no paciente, aumentando sua autoconfiança e autoestima. O profissional irá ajudá-lo desde tarefas simples às mais complexas, identificando e aprimorando habilidades que aumentem suas chances de conseguir um emprego ou uma ocupação. Por fim, propõe ideias para que ele gaste seu tempo de maneira prazerosa.
Papel na reintegração social de pessoas com deficiências
Imagine que um adulto sofreu um acidente e teve a mão amputada. Ao incluir o TO no processo de recuperação, serão integradas soluções para que esse indivíduo possa retomar o que fazia antes sem ter que recorrer a familiares, amigos ou terceiros. Sendo assim, com empenho e dedicação, voltará a ser capaz de comer, beber, se vestir, pentear o cabelo e tomar banho com apenas um dos membros. Além disso, terá grandes chances de retomar as obrigações laborais. Isto é, assumir o posto de trabalho independentemente da atual condição física.
Trabalho com crianças e desenvolvimento infantil
Ao estudar o desenvolvimento infantil, o TO visa estimular as partes motora, sensorial e neurológica das crianças. E, por vezes, alcança os marcos estabelecidos pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) no simples ato de brincar com intencionalidade. Diferente das propostas caseiras, que são aleatórias, durante a sessão haverá o direcionamento a brinquedos e atividades conforme a idade e necessidade. Só para ilustrar: em um bebê de poucos meses com atrasos significativos, o foco recairá sobre os sentidos, como a visão e a audição, bem como no controle do pescoço e do movimento de se virar.
Atualmente, quem tem filhos portadores do Transtorno Opositor Desafiador (TOD) também encontram apoio e acolhimento na terapia ocupacional. A síndrome é marcada por comportamentos singulares que vão desde dificuldades para respeitar regras e agressividade a uma forte tendência de desafiar os pais. Para desenvolver algumas aptidões, a terapia ocupacional promove jogos com a necessidade de troca de turno no intuito de aprender a esperar a vez de cada um, respeitar regras e controlar as frustrações ao perder. Ademais, entram em cena rotinas de recompensa e o método ABA (Applied Behavior Analysis, ou, em português, Análise do Comportamento Aplicada).
Atuação com idosos e promoção da qualidade de vida
Com o passar dos anos, naturalmente precisamos de mais cuidados de saúde. Aliás, não só porque a idade nos deixa mais sensíveis e suscetíveis a complicações, mas também para investir em atitudes preventivas. Diante do cenário, a TO proporciona inúmeros ganhos, alguns deles citados abaixo:
- Melhorar a consciência corporal;
- Estimular as habilidades cognitivas;
- Promover as relações sociais;
- Prevenir acidentes domésticos;
- Ajudar a poupar energias;
- Aprender técnicas para evitar quedas.
Em relação às terapias empregadas, elas variam de acordo com a demanda, podendo incluir:
- Jogos da memória;
- Exercícios de associação;
- Estimulação sensorial;
- Oficina de histórias e narrações;
- Atividades manuais;
- Atividades de atenção;
- Treino de repetição;
- Jogos de palavras.
Que tal aproveitar o Dia Mundial do Terapeuta Ocupacional (19/01) para marcar uma consulta? Seja para você ou um familiar, certamente esta pode ser a virada de chave rumo a um desfecho amplamente positivo em relação a um diagnóstico que, vale lembrar, não nos determina. Felizmente, o TO dedica-se a compreender o ser humano como um processo criativo, criador, lúdico, expressivo, evolutivo, produtivo e de auto manutenção. Em virtude desse propósito, acredita no potencial de reabilitação em prol de uma vida melhor.
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