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Novembro Roxo e a Prevenção da Prematuridade

Novembro Roxo e a Prevenção da Prematuridade Dentre tantas campanhas anuais, você sabia que este mês é dedicado ao Novembro Roxo? Certamente, você conhece alguém que nasceu antes da hora ou um casal que já tenha passado pela, por vezes, complexa experiência. Isso quando não somos nós mesmos a sentir na pele os medos, aflições e, sobretudo, sequelas de um parto antecipado.
Contudo, o que nem todo mundo sabe é que essa condição possui números alarmantes. Por consequência, capaz de mobilizar o poder público, instituições de saúde, formadores de opinião e diversas entidades. Nesta época do ano, todos se unem em prol de levar o debate à sociedade civil.
A boa notícia é que com amplo acesso a cuidados maternos e neonatais de qualidade em todos os lugares, muitos casos podem ser evitados. Aliás, esse é justamente o tema da campanha Novembro Roxo em 2024, marcando um dos eixos estratégicos de atuação dos agentes envolvidos.
Pensando nisso, confira a seguir mais informações sobre a iniciativa para aderir à causa. Afinal, proteger a saúde de mulheres, gestantes e crianças mais vulneráveis é um dever coletivo no qual o grupo Hapvida NotreDame Intermédica está engajado.

O que é o Novembro Roxo?

A Novembro Roxo é uma campanha internacional que visa conscientizar e sensibilizar a população sobre a prematuridade e a importância de cuidar dos prematuros. Ou seja, quem nasce antes das 37 semanas de gestação. Devido a proporção preocupante, o Dia Mundial da Prematuridade, celebrado em 17/11, reúne uma série de ações acerca dos desafios do tema.
Atualmente, cerca de 12% dos bebês nascidos em solo nacional são acometidos pela síndrome, sendo ela a principal causa de mortalidade infantil em crianças menores de cinco anos. Em nível global, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15 milhões de crianças são afetadas pela condição e mais de um milhão de bebês morrem devido à prematuridade.

A relevância da prevenção da prematuridade

O Brasil ocupa a 10ª posição no ranking de países com mais recém-nascidos pré-termo. Isto é, que nascem fora do tempo previsto. Ao todo, são aproximadamente 302 mil registros anuais no país. Isso equivale a seis partos prematuros a cada 10 minutos.
Além disso, a cada dois minutos uma mulher morre em virtude de complicações relacionadas à gravidez, sendo o parto prematuro uma delas. A grande maioria, decorrentes de causas evitáveis, de acordo com a ONG Prematuridade - associação nacional em prol da prevenção e luta por direitos aos prematuros e suas famílias.

Fatores de risco para a prematuridade

O parto prematuro, dependendo do momento em que ocorre, pode ser uma situação de risco tanto para o bebê quanto para a mãe. As principais complicações na gestação que podem levar à prematuridade são:
- Infecções;
- Insuficiência istmocervical (abertura do colo do útero);
- Colo do útero curto;
- Partos prematuros anteriores;
- Rotura prematura da bolsa;
- Tabagismo;
- Miomas;
- Gravidez de múltiplos;
- Descolamento prematuro da placenta;
- Diabetes gestacional;
- Pré-eclâmpsia (aumento da pressão arterial na gravidez);
- Alterações clínicas na gestante ou no feto que necessitem de interrupção antes do tempo esperado.

Como prevenir a prematuridade

A prevenção da prematuridade se inicia antes mesmo da mulher engravidar, com o planejamento familiar adequado. Em seguida, o acompanhamento pré-natal é fundamental para garantir a saúde do binômio materno-fetal. Essa é a maneira mais segura e eficaz de garantir o desenvolvimento de uma gestação saudável e reduzir os riscos envolvidos, entre eles, o de um parto prematuro.
Inclusive, o pré-natal garante ainda:
- Prevenir e detectar males que possam se agravar;
- Identificar doenças que já estavam presentes no organismo, mas que evoluíam de forma silenciosa;
- Detectar problemas fetais, como más formações;
- Preparar a mulher para a maternidade, fornecendo informações sobre o parto e os primeiros cuidados da criança;
- Orientar sobre hábitos de vida e higiene básica;
- Ensinar sobre a manutenção nutricional apropriada.

Tratamento e cuidados com bebês prematuros

A taxa de sobrevivência de bebês prematuros varia de acordo com a idade gestacional (IG). Para se ter uma ideia, entre 29 e 32 semanas chega a 95%. Desse total, grande parte - de 60% a 70% - se desenvolve normalmente. Para que as boas perspectivas se confirmem, é necessário contar com uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais de diversas expertises.
Porém, o neonatologista será o médico responsável pela avaliação clínica e demais intervenções. Nesse período, o organismo do ser humano ainda não está preparado para viver fora do útero devido ao sistema imune estar em formação, tornando-o mais suscetível. Não por acaso, os prematuros precisam ficar na unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal até que consigam respirar sozinhos, regular a temperatura corporal e se alimentar.
Após a alta, recomenda-se redobrar a atenção em casa. Abaixo, listamos as principais recomendações:
- Colocar o prematuro para dormir de barriga para cima;
- Não fumar dentro de casa ou próximo a ele;
- Evitar lugares fechados e com aglomerações;
- Manter distância de pessoas com infecções respiratórias (tosse ou coriza, por exemplo). Se for inevitável, usar máscara N95;
- Lavar as mãos com frequência e passar álcool 70%;
- Priorizar o aleitamento materno;
- Manter a carteira de vacinação em dia;
- Trocar fraldas a cada duas ou três horas;
- No banho, fazer a limpeza suave, com sabonete neutro, sem esfregar;
- Beijos? Só da mamãe, do papai e de quem já mora na mesma casa (se for na testa, melhor).

Impacto da prematuridade na vida da criança

Cada criança possui um ritmo de crescimento individual, mas os prematuros extremos podem sim apresentar certas dificuldades, sobretudo, motoras. Por esse motivo, é fundamental diferenciar idade cronológica e corrigida a fim de alinhar as expectativas de desenvolvimento. Assim, evita-se frustrações e cobranças desnecessárias, como esperar que um bebê prematuro sente, engatinhe, fale ou ande no mesmo tempo em que um bebê nascido a termo.
Em geral, o uso da idade corrigida é recomendado até os dois anos. Para os prematuros de extremo baixo peso (nascidos com menos de 1 kg) e com menos de 28 semanas, a orientação é prosseguir até por volta do terceiro aniversário. Para calcular a idade corrigida, subtraia da idade cronológica do bebê quanto falta para completar as 40 semanas de gravidez. Por exemplo, se o bebê nasceu com 32 semanas de gestação, quando tiver quatro meses de idade cronológica, terá dois de idade corrigida.
Seja como for, apenas o acompanhamento periódico com o pediatra de confiança poderá trazer segurança e acolhimento ao longo da primeira infância. Aliás, ele é o profissional capaz de avaliar os casos individuais para, a partir do histórico, propor os melhores tratamentos. Por fim, as consultas são indispensáveis para descobrir e investigar possíveis sinais de alerta.
Quanto mais pessoas informadas, maiores chances de mudar o cenário da prematuridade. Além de especialistas - ginecologistas, obstetras e pediatras -, a Hapvida NotreDame Intermédica oferece aos seus beneficiários dois programas de pré-natal: Gestação Segura e Nascer Bem. Em ambos, encontra-se acompanhamento e orientações em todas as fases da gravidez e no pós-parto. Quem optar pelo plano com obstetrícia, terá acesso a exames, consultas, parto e internação, bem como suporte no decorrer do puerpério.